Ex-presidente relatou que tem discutido acordo com senadores e se queixou da falta de comissões chefiadas pelo PL
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quarta-feira (6) que um acordo é cosuturado para que o senador Marcos Pontes (PL-SP) ocupe a vaga de vice com Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) na presidência do Senado, cuja eleição está prevista para fevereiro de 2025. “Está quase certo”, disse o ex-chefe do Executivo.
“Saiu agora há pouco o Rogério Marinho [senador líder da oposição], ficou uma hora conversando comigo. Conversamos com o Alcolumbre. Alguns acham que não pode conversar com ele, então vamos conversar com quem? Vocês querem lançar o Marcos Pontes como candidato ao Senado? Quem vota? São os senadores. Está quase certo. A gente tem a primeira vice-presidência, que ajuda a definir pauta ou define a pauta na ausência do presidente. Hoje, nós do PL, não podemos convocar nenhum ministro porque não temos comissões”, disse Bolsonaro.
A declaração foi dada em entrevista em rede social. O R7 acionou Alcolumbre e Pontes para confirmar a informação e não obteve resposta até a última atualização da reportagem. O espaço está aberto para manifestação.
A disputa pela Presidência do Senado está marcada para fevereiro de 2025. Atualmente, o senador é favorito e conta com o apoio de ao menos seis partidos.
Internamente, interlocutores do PL não confirmam que há discussões sobre o tema. Pontes lançou uma candidatura independente do partido, e nem mesmo o presidente da legenda, Valdemar da Costa Neto, sabia que ele concorreria à mesa diretora.
O amapaense já tem o apoio de partidos que somam 38 votos. União Brasil, PDT, PSB, PP e PL já declaram, oficialmente, a adesão à candidatura de Alcolumbre, que ainda costura o apoio do PT, com nove senadores. Ao R7, a bancada do Republicanos informou o apoio ao nome do parlamentar, apesar de ainda não ter oficializado, como fizeram os demais partidos.
Na última terça-feira (5), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), declarou apoio ao senador, uma vez que teve os dois mandatos costurados com a ajuda de Alcolumbre. Maior bancada da Casa, com 15 parlamentares, o PSD, no entanto, ainda vai se reunir, na próxima semana, para deliberar. “A minha posição é clara. Eu tenho uma preferência pessoal como senador com Minas Gerais, até como presidente do Senado, de apoio ao ex-presidente Davi”, afirmou Pacheco.
A eleição para a Mesa-Diretora do Senado é decidida internamente, entre os parlamentares. Na ocasião, a Casa vai eleger 11 novos integrantes: um presidente, dois vice-presidentes, quatro secretários titulares e quatro secretários suplentes.
FONTE: R7.COM
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