Compra de energia impacta aumento por causa da maior escassez hidrológica no país; reajuste da parcela que cabe à distribuidora é de apenas 0,77%
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira, 11, em Brasília, o Reajuste Tarifário Anual da Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron) que valerá a partir de 13 de dezembro de 2018. O efeito médio a ser percebido pelo consumidor é de 25,34%, sendo que os clientes da Baixa Tensão (residencial e comercial) terão correção de 24,75% e os da Alta Tensão 27,12%.
O principal motivo para o aumento é o gasto com a geração de energia e com o pagamento de dívidas acumuladas com a compra de energia nos últimos dois anos, um dos itens que compõem a PARCELA A, e que não são de responsabilidade da Ceron. Outro fator que agravou o quadro foi o aumento da utilização de usinas térmicas, que geram energia mais cara. Em 2010, as térmicas correspondiam a 16% da matriz energética brasileira. Hoje, esse percentual está em 25%. Os valores arrecadados na PARCELA A são integralmente repassados a outros agentes do setor elétrico, e correspondem a 24,57% do reajuste.
A parte que cabe à distribuidora teve um impacto de 0,77% considerando a redução de 1,81%, proposta pela Energisa no leilão de compra da CERON e ainda acrescido da inflação acumulada nos últimos doze meses. Ou seja, se não fosse o processo de privatização, os consumidores de Rondônia observariam um efeito médio de 27,15%.
A ilustração abaixo apresenta a divisão da fatura de energia elétrica em cada um dos itens que compõem a cadeia do setor, considerando a receita da concessionária acrescida dos impostos e tributos (ICMS, PIS/COFINS). A tarifa final do consumidor da Ceron contém mais de 40% de encargos e impostos.
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