A empresa responsável pela limpeza urbana de Porto Velho, contratada por valores milionários durante a gestão do prefeito Léo Moraes (Podemos), enfrenta denúncias de descarte irregular de resíduos sólidos. Relatos indicam que materiais coletados em diversas áreas da cidade estariam sendo despejados em locais inadequados, gerando impactos ambientais e riscos à saúde pública.
A empresa MB Limpeza Urbana foi contratada após um processo licitatório conturbado, que envolveu disputas judiciais e uma revisão administrativa. O contrato, avaliado em mais de R$ 33 milhões, tem como objetivo reforçar a coleta de lixo e a manutenção da cidade, substituindo parcialmente os serviços que eram realizados pelos garis municipais.
Denúncias e impacto ambiental
Moradores e organizações ambientais denunciam que resíduos urbanos e entulhos retirados das ruas estariam sendo depositados de forma irregular, sem o devido tratamento ambiental. Entre as práticas relatadas estão o despejo de lixo em terrenos baldios, áreas próximas a residências e até margens de igarapés.
A preocupação com os efeitos desse descarte inadequado cresce, já que a contaminação do solo e da água pode favorecer a proliferação de vetores de doenças e prejudicar a biodiversidade local.
“Estamos vendo um aumento de lixo acumulado em áreas onde antes não havia problema. Além do mau cheiro, há o risco de doenças como dengue e leptospirose”, afirmou Joaquim Almeida, morador da Zona Leste.
Posição da prefeitura e possíveis sanções
Até o momento, a Prefeitura de Porto Velho não se pronunciou oficialmente sobre as denúncias. No entanto, o Plano Emergencial de Limpeza Urbana, lançado pelo prefeito Léo Moraes, prevê ações para evitar o acúmulo de resíduos e estipula fiscalização sobre os serviços prestados.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema) tem papel fundamental na fiscalização e pode aplicar multas e sanções caso as irregularidades sejam confirmadas.
Se comprovadas as denúncias, o descarte irregular de resíduos pode configurar crime ambiental, sujeito a penalidades previstas na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98).
Cobrança por respostas e transparência
Diante da gravidade do caso, organizações civis indicam que podem acionar o Ministério Público e outros órgãos competentes para garantir que a empresa cumpra as normas ambientais e que a população não seja prejudicada por um serviço de limpeza urbana ineficiente.
Enquanto isso, a população de Porto Velho segue aguardando uma solução definitiva e maior transparência sobre a destinação correta dos resíduos sólidos na cidade.
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