Em três anos, o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) perdeu 6,2 milhões de contribuintes, o que representa uma queda acumulada de 8,8%. No fim de 2014, o país tinha 71,3 milhões de pessoas trabalhando e contribuindo para o INSS. Em dezembro do ano passado, já eram 65,1 milhões de trabalhadores. O resultado é fruto da recessão econômica e da redução do emprego formal, segundo informações do Anuário Estatístico de Previdência Social 2017.
Apesar dos resultados negativos, houve uma desaceleração no ritmo de queda do número de contribuintes. Entre 2015 e 2016, o recuo foi de 4,3%. Entre 2016 e 2017, a diminuição do contingente de trabalhadores que recolhem para o regime foi de 2,3%.
Do total de 65,1 milhões de pessoas que pagavam contribuição ao INSS no ano passado, 54% eram homens e 46% eram mulheres.
Ainda de acordo com as estatísticas, entre os empregados, a maioria tinha entre 30 e 34 anos de idade. Entre os empregados domésticos, contribuintes individuais, facultativos e segurados especiais, a maior parte estava na faixa de 50 a 54 anos.
Benefícios concedidos apenas em 2017
Somente no ano passado, segundo a Previdência Social, foram concedidos cerca de cinco milhões de benefícios: 89,06% foram previdenciários (como aposentadorias por idade e tempo de contribuição), 6,52% foram assistenciais (como BPC/Loas, devido a idosos e pessoas com deficiência que não têm condições de se sustentar), e 4,42% foram acidentários (como auxílio-doença decorrente de acidente de trabalho).
Comparada com 2016, a quantidade de benefícios concedidos caiu 2,67% no ano passado, com decréscimo de 3,31% nos benefícios urbanos e acréscimo de 0,43% nos rurais.
O maior número de novas concessões, em 2017, foi de auxílios-doença (40,32% do total), seguido por aposentadorias por tempo de contribuição (15,98%) e aposentadorias por idade, (11,75%).
Valor dos benefícios
O valor total dos benefícios que foram liberados em 2017 cresceu e atingiu o montante de R$ 6,8 bilhões, valor que representou um acréscimo de 2,14% em relação ao ano anterior, com os benefícios urbanos aumentando 1,51%, e os benefícios rurais subindo 6,92%.
Na média, o valor pago pelo INSS por cada benefício apresentou um crescimento de 4,94% no ano, subindo de R$ 1.305,42, em 2016, para R$ 1.369,91, em 2017.
Vale destacar que o reajuste de aposentados e pensionistas do INSS é concedido sempre em janeiro de cada ano. No caso dos que recebem um salário mínimo, a correção acompanha o reajuste do salário mínimo, pois ninguém pode ganhar abaixo do piso. No caso dos que recebem acima do mínimo, o aumento anual considera a reposição da inflação do ano anterior, mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.
A evolução dos números gerais
2014 – 71,3 milhões de contribuintes
2015 – 69,6 milhões de contribuintes
2016 – 66,6 milhões de contribuintes
2017 – 65,1 milhões de contribuintes
Benefícios com maior valor médio concedidos em 2017
Aposentadoria por tempo de contribuição – R$ 2.326,58
Pensão por morte acidentária – R$ 2067,11
Pensão mensal vitalícia (decorrente de doença ocupacional) – R$ 1.864,32
Valores médios por sexo (benefícios concedidos 2017)
Benefícios urbanos
Homens – R$ 1.634,25
Mulheres – R$ 1.324,49
Clientela rural
Homens – R$ 940,96
Mulheres – R$ 937,87
FONTE: EXTRA
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