Atacante entrou bem contra o Cruzeiro, participou de dois gols e foi elogiado pelo técnico. Neste sábado, será titular da equipe alternativa que encara o Grêmio no Pacaembu
Miguel Borja vive um raro – até agora – momento de alta no Palmeiras. O colombiano foi acionado no segundo tempo da partida contra o Cruzeiro, quarta-feira, pela Copa do Brasil, participou de dois gols e deu importante colaboração para a equipe buscar o empate por 3 a 3 após sair perdendo por 3 a 0. Segundo Cuca, “ele mostrou que pode e sabe lutar”.
A missão do camisa 9 é manter este nível na partida contra o Grêmio, às 16h deste sábado, no Pacaembu, pelo Brasileirão. Como Cuca vai poupar diversos jogadores para o duelo de quarta-feira, contra o Barcelona de Guayaquil, no Equador, pelas oitavas da Libertadores, ele terá uma nova chance como titular. Sua missão é mostrar ao treinador que pode ser mais eficiente nesta função do que Willian, que vem sendo improvisado como referência na área.
– Ninguém quer, pelo menos eu não quero, que ele marque alguém. Eu não quero que ele marque ninguém, quero que ele marque o gol. O que eu quero é que ele seja compacto junto com o time, para a frente e para a trás, como a zaga é compacta e empurra o time para a frente. Você joga em 30 metros, ele tem que passar a linha da bola para não ficar impedido e fazer parte dessa compactação na segunda bola. Esse é o trabalho que está sendo feito com ele em campo e em conversas aqui dentro – disse Cuca, praticamente repetindo o discurso de Eduardo Baptista sobre Borja em seus tempos de Palmeiras.
O centroavante tem sete gols em 22 jogos pelo Palmeiras, sendo 13 como titular. Ele só atuou por 90 minutos em quatro ocasiões. São números ainda discretos, sobretudo se levado em conta o seu desempenho brilhante pelo Atlético Nacional (COL) no ano passado e o peso de sua contratação, a mais cara da história do clube (10,5 milhões de dólares, cerca de R$ 34 milhões). Todos no clube batem na tecla de que ele se firmará entre os titulares quando estiver perfeitamente adaptado ao clube, ao país e ao futebol que se pratica aqui.
– O Borja é um dos jogadores com quem mais tenho cuidado, com quem mais converso, a quem mais dou atenção. Às vezes o pessoal pode pensar que ele não tem atenção porque não entra jogando, mas pelo contrário, o dia a dia aqui dentro é de atenção maior para quem não joga. São eles que precisam mais de você. Para quem está jogando é sempre mais fácil – diz Cuca.
– Esse processo de adaptação não passa só pelo campo de jogo, como as pessoas imaginam. Passa por você se solidarizar com a pessoa, falar um pouquinho o castelhano com ele, ensinar um pouquinho o português, e principalmente estar dialogando e mostrando em vídeos a compactação – completou.
Fonte: Lance
Add Comment