Eleições

Eleições 2020: Léo Moraes ‘‘perde’’ pela segunda vez para Hildon Chaves

Deputado federal entrou na reta final das eleições para apoiar Cristiane Lopes, do Progressistas. Testou sua popularidade, e, a despeito do resultado não tão confortável para o tucano, a derrota surgiu de novo

O deputado federal Léo Moraes, do Podemos, conquistou vitória importante para o seu partido em Porto Velho na passagem do primeiro turno. A sigla elegeu nada menos do que três vereadores: Ellis Regina, com estrondosos 3,1 mil votos; Gilber, com quase 2,3 mil; e Macário Barros, com 1,8 mil.

Após decidir ficar de fora do pleito, Moraes se sentiu confortável para não caminhar com qualquer um dos 15 postulantes na primeira etapa do embate eleitoral.

Com o resultado das urnas, e a composição da Câmara a partir de 2021 com um trio de filiados da sua legenda, resolveu tirar a cabeça do casco, e optou por hipotecar apoio irrestrito à candidata Cristiane Lopes, do Progressistas, adversária do atual prefeito Hildon Chaves (PSDB).

Não foi um apoio simplesmente vocalizado. O parlamentar trabalhou na campanha de Cristiane como “formiguinha”, agitador, balançando bandeiras, fazendo discursos em carros de som (ressuscitou o famigerado Davi contra Golias de 2016), enfim, empenhou-se de corpo e alma a fim de eleger a parceira e defenestrar de vez o desafeto de quatro anos atrás.

Não deu. De novo…

Foi uma derrotada indireta, é verdade, porém é preciso ressaltar que o golpe de realidade espatifa a autoimagem que o congressista tem de si.

Nem ele, nem os Cassol e sequer a turma do Palácio Rio Madeira tiveram o condão de desbancar o tucano, especialmente depois que este escolheu avançar com alianças menos rejeitadas pela população, como Coronel Ronaldo Flores, do Solidariedade, e Vinícius Miguel, do Cidadania.

Não que o deputado seja rejeitado, não é o caso: mas ele, bem quisto, lançou-se de cabeça numa mistura duvidosa de tintas que, mescladas, trouxeram à tona os tons lúgubres do obscurantismo próprio da Idade Média.

 Ele sobrou como forma heterogênea, destoando completamente do cenário que havia mergulhado.


Em 2016, Hildon “bateu” Léo Moraes com mais de 69 mil votos à frente / Reprodução-G1

Quando fora derrotado por Hildon em 2016, a diferença entre ambos foi massacrante, algo em torno de 69 mil votos.

Com Cristiane, a margem diminuiu, mas, como diz o ditado: “Tenha isso em mente: quer seja um grão de areia ou pedra, na água ambos afundam igualmente”.

Até 2022, o parlamentar tem tempo para repensar a influência que imagina ter, resgatando, quem sabe, não só as suas origens políticas, mas também o pensamento crítico que o fazia andar equilibrado pelo caminho da vitória.

Certamente se tivesse se contentado com os resultados do primeiro turno, por exemplo, e engolisse a ânsia de ir para o tudo ou nada no afã de testar sua popularidade e o subsequente potencial de contágio, teria emergido como um dos grandes vencedores desta peleja política no ano do Coronavírus.

Não é o caso.


Léo Moraes parabenizou Chaves após o fim do segundo turno em Porto Velho / Reprodução-Facebook

Tucano foi reeleito prefeito de Porto Velho / Reprodução-G1

FONTE: RONDONIADINAMICA.COM

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