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Econômia cresceu 7,5% no 3º Trimestre de 2020 – Por Silvio Persivo

Verdade, mas os monstros também existem. “As pessoas que parecem monstros são apenas seres humanos cuja linguagem e comportamento às vezes nos impedem de perceber a sua natureza humana” (Marshall B. Rosenberg). 

CAFÉS DE RONDÔNIA CLASSIFICADOS NO “COFFEE OF THE YEAR”

Rondônia concorre à premiação nacional no “Coffee of the Year”, concurso anual, em Belo Horizonte,  que reune os melhores cafés do Brasil, incentivando o desenvolvimento e aprimoramento da produção. Em 2020, o Estado se destacou com 10 cafés classificados, disputando a premiação em duas categorias: Canéfora e Canéfora Fermentação Induzida.  O agrônomo da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), Janderson Dalazen, que também é Q Robusta Grader (avaliador de qualidade do café), explicou que foram enviadas 20 amostras de cafés dessas categorias. A premiação acontece nesta sexta-feira (20), com transmissão online. A premiação vai acontecer com entrega de certificado e, desta forma, o produtor tem a oportunidade de conquistar mais mercado, mais visibilidade e reconhecimento por sua produção.

DOENÇAS CRÔNICAS DA POPULAÇÃO DE RONDÔNIA

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que, em 2019, 47,4% da população de Rondônia com mais de 18 anos tinham pelo menos uma doença crônica (como doenças cardiovasculares, diabetes, depressão, entre outras). Em Porto Velho, o índice foi de 38,2%. A doença crônica mais comum entre os rondonienses está relacionada à coluna vertebral. Em 2019, 21,9% da população adulta apresentava este problema, sendo o segundo maior índice entre estados da Região Norte. Em Porto Velho, a taxa é de 16,3%. Das pessoas que têm problema de coluna, 20,5% dos rondonienses e 20% dos porto-velhenses têm grau intenso ou muito intenso de limitações nas atividades habituais. A segunda doença crônica mais prevalente é a hipertensão arterial. A PNS mostrou que 18,8% da população rondoniense com mais de 18 anos tem diagnóstico médico para esta enfermidade, sendo que as mulheres têm proporção maior que os homens: 21,4% do universo feminino tem este diagnóstico enquanto que no universo masculino esta proporção é de 16,1%. Das pessoas com diagnóstico de hipertensão, 91,5% tiveram medicamento prescrito e 82,7% tomaram todos os medicamentos receitados. Em relação à diabetes, terceira enfermidade mais frequente, a PNS aponta que 12,1% da população de Rondônia com mais de 18 anos nunca fizeram um teste de glicemia. A proporção entre os homens é maior que entre as mulheres: 17,4% e 7% respectivamente. Em Porto Velho, foi constatado que apenas 3,7% da população maior de idade nunca fizeram o teste.  A Pesquisa revelou que das 66 mil pessoas, em Rondônia, com diagnóstico de diabetes, 76,5% tomaram medicamento ou usaram insulina, taxa semelhante à de Porto Velho: 78,7%.  Tanto o estado quanto a capital apresentam os maiores índices brasileiros de diabéticos com grau intenso ou muito intenso de limitações nas atividades habituais em decorrência da doença. Em Rondônia, 11,3% dos diabéticos estavam nesta situação e, em Porto Velho, a taxa foi de 26,4%. A PNS mostrou ainda um aumento de quase 70% nos casos de depressão nos rondonienses com mais de 18 anos entre 2013 e 2019. Em 2013, havia 67 mil pessoas no estado com este diagnóstico, subindo para 113 mil em 2019. Porto Velho subiu de quatro mil pessoas com depressão para 21 mil neste período.  A Pesquisa revelou ainda que, entre os estados da Região Norte, Rondônia tem a maior proporção de pessoas com mais de 18 anos com diagnóstico de doença mental (como esquizofrenia, transtorno bipolar, psicose ou TOC): 5%. O segundo estado nortista com o maior índice foi Tocantins, com 3,6%. Em relação às capitais do Norte, Porto Velho e Belém possuem os menores índices: 1,7% e 1,6% respectivamente. A fonte da nota é a analista censitária Amabile Casarin da Unidade Estadual do IBGE em Rondônia. 

PIB DO AMAZONAS SE RECUPERA

 Os dados prévios do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) sinalizam que o PIB-Produto Interno Bruto de setembro  do Amazonas aparece com números superiores aos da média brasileira. O Estado cresceu 3,68% ante agosto, bem acima do mês anterior (+2,26%). Subiu com mais força (+3,97%) na comparação com o mesmo mês de 2019 – revertendo a queda de agosto (-1,19%). Mas, mesmo o resultado ainda não é suficiente para reverter as perdas da pandemia e tirar o acumulado do vermelho (-4,43%). Os números nacionais foram +1,29%; -0,77% e -4,93%.  Similar foi o comportamento do comparativo trimestral. Mesmo com a reabertura das lojas e o retorno das atividades do PIM, o 3º trimestre, que registrou um aumento de 26,72% em relação ao 2º trimestre, pico da pandemia e do isolamento social. O desempenho também seguiu 1,48% acima do apresentado no terceiro trimestre de 2019,  uma base de comparação não tão fraca. Os desempenhos da média brasileira foram +9,47% e -3%, respectivamente. 

ECONOMIA CRESCEU 7,5% NO 3º TRIMESTRE DE 2020

O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante um período, teve crescimento de 7,5% no 3º trimestre deste ano, na comparação com o segundo. O coordenador da pesquisa Monitor do PIB, da Fundação Getulio Vargas (FGV), Claudio Considera, avaliou que “O forte crescimento de 7,5% da economia brasileira no terceiro trimestre, reverte, em parte, a forte retração de 9,7% registrada no segundo trimestre deste ano, em função da chegada da pandemia de covid-19 ao Brasil, a partir de março. No entanto, este crescimento não é  suficiente para recuperar o nível de atividade econômica que ainda se encontra 5% abaixo do observado no quarto trimestre do ano passado”. Também acentuou que o setor de serviços ainda encontra dificuldades para se recuperar. Os serviços tiveram uma alta de 5,5%, bem abaixo dos 13,4% da indústria. A agropecuária recuou 0,3%. Sob a ótica da demanda, houve altas de 9,9% no consumo das famílias e de 16,5% na formação bruta de capital fixo (investimentos). O consumo do governo cresceu 0,5%. Já as exportações e importações tiveram quedas de 0,6% e de 8,8%, respectivamente.

AUTOR: SILVIO PERSIVO –  COLUNA TEIA DIGITAL

  • A opinião dos colunistas colaboradores não reflete necessariamente a opinião da Folha Rondonense

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