Técnico brasileiro elogia atuação da Seleção diante do Chile, em Santiago, e evita falar em mudanças contra a Venezuela: ”Não é preciso mexer a cada derrota”
Um jogo equilibrado em pelo menos 70 minutos. Assim Dunga analisou a derrota por 2 a 0 do Brasil para o Chile, em Santiago, com direito a gritos de ”Olé” na primeira rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo. Em seis das onze respostas da entrevista coletiva, o treinador bateu na tecla de que o jogo foi parelho. Ele lamentou ainda os muitos contra-ataques desperdiçados por sua equipe e minimizou a atuação abaixo da média de Oscar, que voltou ao time após nove jogos e desperdiçou as melhores chances da Seleção.
– A partida estava igual até o primeiro gol. Tivemos chances, controlamos a etapa inicial e tivemos bons contra-ataques no segundo tempo. Faltou tomar uma decisão melhor no último passe e na finalização. Oscar alternou durante o jogo, puxou alguns contra-ataques. O Chile pressionou como esperávamos. Conseguimos girar a bola no primeiro tempo, talvez se tivéssemos mais velocidade o resultado fosse outro – frisou o treinador.
A Seleção volta a treinar na manhã desta sexta-feira, em Santiago. A atividade será fechada. O embarque para Fortaleza está marcado para o início da tarde. Na próxima terça, o Brasil encara a Venezuela na Arena Castelão.
Na próxima terça-feira, às 22h (de Brasília), o Brasil vai enfrentar a Venezuela, no Castelão, em Fortaleza, pela segunda rodada das eliminatórias. O confronto será transmitido ao vivo pela TV Globo, Sportv e GloboEsporte.com. O site acompanha em Tempo Real.
Confira abaixo outros trechos da coletiva do treinador:
POSSÍVEIS MUDANÇAS
– É muito difícil para um treinador falar sobre mudanças após uma derrota por 2 a 0. Nem sempre é preciso mudar tudo após um resultado negativo. No primeiro tempo foi uma partida igual. Até o primeiro gol do Chile tivemos grandes chances. Futebol é assim. Não é preciso mexer a cada derrota, e sim melhorar a cada jogo.
FALTOU NEYMAR PARA CHAMAR A RESPONSABILIDADE?
– Willian tomou as decisões, Oscar tomou as decisões, Douglas tomou… Sempre analisam em cima do resultado. Claro que ele é importante. Tivemos quatro ou cinco contra-ataques que poderiam ter sido fatais. Se a bola entra, não estaríamos falando disso. Qualquer grande jogador faz falta.
RESULTADO
– Ninguém gosta de perder. Mas a partida estava muito igual. Tivemos os contra-ataques e não tomamos as decisões corretas. Tomamos o gol em uma bola baixa no primeiro pau, uma das características do Chile. Ainda assim tivemos a chance de empatar, com a bola passandO na frente do gol e faltando um homem para empurrar para dentro.
CHILE
– O Chile é uma equipe que todos conhecem. Tem jogadores que atuam em grandes times da Europa. É sempre difícil jogar contra eles. Sabíamos da pressão que enfrentaríamos. Mas se fomos avaliar toda a partida, ela estava equilibrada. Eles foram mais eficientes no momento da conclusão.
MOMENTO DO RIVAL
– É uma equipe que vem jogando junta há quatro, cinco anos, com 80% do time. Quando o Chile implantou esse sistema de jogo, tomava muitos gols. E mesmo assim não o trocou, foi se aprimorando. O jogo foi parelho, brigado, com chances para os dois lados. No primeiro tempo eles deram apenas um chute a gol e o Brasil teve as melhores chances. No segundo tempo eles tiveram boas chances. Mas não tomamos a melhor decisão no passe final.
RICARDO OLIVEIRA TITULAR NA TERÇA?
– A partida acabou agora, ainda não tive tempo de analisar o jogo e ver onde podemos melhorar. Vou fazer isso e só então ver o que podemos fazer.
EQUILÍBRIO NAS ELIMINATÓRIAS
– A partida em casa vai ser fundamental. Temos sempre que conseguir os três pontos em casa. Hoje o futebol é muito equilibrado, decidido nos detalhes. Um pequeno detalhe muda totalmente o jogo. Ali que você ganha ou perde.
Fonte: globoesporte
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