Treze partidos pagaram a seus dirigentes R$ 5,1 milhões em verbas públicas para a realização de serviços genéricos ao longo de 2017. O dinheiro, proveniente do fundo partidário, foi repassado a caciques como o presidente do PTB, Roberto Jefferson; o candidato à presidência da República Ciro Gomes (PDT) e o presidente da mesma sigla, Carlos Lupi. As informações foram divulgadas neste domingo, em reportagem da Folha de São Paulo.
Segundo a publicação, Jefferson recebeu 302,2 mil do fundo partidário, enquanto Ciro e Lupi embolsaram, respectivamente, R$ 253,3 mil e 155,8 mil. Todos os repasses foram justificados como “serviços técnicos-profissionais”, modalidade pouco fiscalizável até este ano, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) passou a divulgar detalhadamente a prestação de contas dos partidos.
Na lista aparecem ainda o vice-presidente do PT, Alberto Cantalice (244,9 mil) e o presidente do PMN, Antonio Carlos Massarollo – o beneficiado com a maior quantia, de acordo com a Folha, R$ 408,4 mil. A sigla que mais repassou verbas a dirigentes a título de “serviços técnico-profissionais” foi o PT. O partido do ex-presidente Luís Inácio Lula da Sila gastou R$ 2,8 milhões dessa forma em 2017.
Procurado pela Folha, o PTB ressaltou a regularidade dos pagamentos por serviços prestados. Já o PT afirmou que os valores representam a soma dos salários dos dirigentes no último ano. Segundo o PMN, o valor apurado pela reportagem está incorreto por erro no sistema do TSE, mas a sigla não informou o número correto. O PDT não respondeu a reportagem.
FONTE: METROPOLES.COM
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