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Diagnosticar asma na infância pode prevenir complicações no futuro

Neste Dia Nacional de Controle da Asma, médica pneumologista diz que tratamento iniciado nos primeiros anos de vida tem mais chance de sucesso

Conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico e do tratamento certo da asma é o objetivo deste Dia Nacional de Controle da Asma, nesta sexta-feira (21).

A doença manifesta seus principais sintomas logo na infância e persiste durante a adolescência, mas tende a entrar em um longo período de remissão na idade adulta.

Porém, se não for identificada e tratada da maneira correta, pode acompanhar o indivíduo durante toda a vida.

“Na criança a resposta ao tratamento da asma é muito mais favorável do que no adulto, por isso a importância de diagnosticar cedo”, explica Maria Helena Bussamra, pneumologista do Hospital Infantil Sabará.

Segundo a médica, também é importante perder o preconceito em torno da doença.

“Tem pais que falam, ‘meu filho não tem asma, tem bronquite’. Mas a asma é uma doença que tem muitos apelidos: bronquite, bronquite asmática, bronquite alérgica. A bronquite é um termo genérico de brônquios inflamados, mas o nome certo da doença é asma.”

A desinformação leva ao medo em relação à asma. “Não é uma sentença de morte. Na maior parte das crianças é uma doença leve, que é facilmente controlável com medicação”, acrescenta Maria Helena.

A asma é uma doença crônica que afeta a função e revestimento das vias aéreas ou passagens dos pulmões, ocasionando estreitamento das vias aéreas e dificultando a respiração.

Alguns fatores externos, como poeira, poluição, pelos de animais e até alimentos (em casos raros) podem desencadear um ataque asmático.

“O espectro de manifestação da asma é muito grande. Pode ser desde uma tosse seca até uma falta de ar extrema que leva o paciente para a UTI”, observa a pneumologista.

Um estudo da Iniciativa Global Contra a Asma identificou que a doença é a quarta principal causa de internações no Brasil, com cerca de 300 mil casos por ano.

Muitos casos se agravam pela falta de diagnóstico correto. Há situações em que os pacientes chegam ao pronto-socorro alegando, por exemplo, uma tosse alérgica, quando na verdade têm asma.

“Se tem tosse alérgica, toma antialérgico. Mas se for uma tosse asmática, tem que fazer tratamento com anti-inflamatório por inalação. Ou seja, o tratamento é completamente diferente”, diz a especialista.

O tratamento para asma é oferecido gratuitamente pela rede pública. São fornecidos nas farmácias populares tanto o corticoide, que irá atuar de forma permanente, como a bombinha, que é usada em crises.

Há também preconceito em relação à bombinha. Segundo a pneumologista, ela não vicia e não prejudica o coração (dá taquicardia momentânea).

“São medicamentos que literalmente abrem os brônquios para facilitar a passagem do ar. Agem rapidamente e aliviam a falta de ar.”

 

FONTE: R7.COM

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Gomes

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