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Demissão de Parente faz dólar aumentar – Por Sílvio Persivo

Se for por sofrimento de alguma forma, então, eu já deveria ser um santo!Alguma forma de sofrimento é praticamente indispensável para a santificação” (John Stott).

UM SURDO, PELA PRIMEIRA VEZ, É MESTRE NA UNIR

Amarildo João Espíndola, docente do curso de Letras-Libras da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), tornou-se o primeiro surdo a receber o título de mestre em Rondônia, por meio do Mestrado Acadêmico em Letras da UNIR. A dissertação de Amarildo abordou o tema da “Variação Linguística na Libras: Estudo de Sinais de Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC)”, resultado de sua vivência e de seu percurso científico-acadêmico na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Se para um aluno/pesquisador ouvinte o mundo acadêmico, especialmente a pós-graduação stricto sensu, já é bastante instigante, para um aluno surdo a experiência é ainda mais desafiadora. No seu relato, o professor conta como foi sua experiência de vida e formação acadêmica até chegar ao Mestrado em Letras. Amarildo nasceu ouvinte e ficou surdo aos sete anos, por conta de uma pneumonia e uso de antibióticos. Desde então, enfrentou diversos obstáculos relacionados à falta de informação e conhecimento desta nova condição, desde a busca de uma suposta cura para a surdez até as dificuldades de estudar em escolas voltadas exclusivamente para estudantes ouvintes. Seu primeiro contato com a Libras foi por volta dos 12 anos de idade, quando pôde, de fato, ter contato com pessoas surdas e aprender a Libras. “Desde então, definitivamente, me senti com amigos, e melhor, amigos surdos. Minha identidade surda começou sua construção, minha autoestima e meu empoderamento como sujeito surdo, não assujeitado ao mundo ouvinte, tal como o percurso que vinha fazendo até então. Sentia-me livre e completo, pertencente a uma comunidade e feliz”.

PREVISÃO DO CAMPUS PARTY DE 50 MIL PESSOAS

A previsão é de reunir mais de 50 mil pessoas, nos cinco dias de realização, na Campus Party em Porto Velho – de 1º a 5 de agosto. O Governo de Rondônia vai se tornar o centro de disseminação de tecnologia do mundo, subsidiando a participação de 90%, cerca de 45 mil pessoas, a custo zero. De acordo com Thalis Antunes de Souza, gerente de Conteúdos e Comunidades da Campus Party no Brasil, que participou de reunião de trabalho na terça-feira (29) com Ricardo Fávaro Andrade, superintendente do Estado para Resultados (EpR) e coordenador da feira, este é o maior

evento de tecnologia do mundo, e que tem influência em todas as áreas do conhecimento e desenvolvimento humano, marcando Rondônia na ponta deste processo em toda a Amazônia. Para Fávaro, este é um momento ímpar para a gestão governamental de Rondônia que, com visão apurada do futuro, e em que pese o cenário de crise vivido pelo País, continua investindo com a certeza de que “quem desenvolve é quem tem tecnologia”. A visão dos coordenadores é de quem realiza e quem participa deste evento não vê crise, mas sim oportunidades para desenvolver e crescer.

TRANSFORMANDO A SEFIN

Não basta alavancar a receita, é necessário saber aplicar bem os recursos sob controle, numa ação conjunta da Secretaria de Estado de Finanças (Sefin), Superintendência Estadual de Licitações (Supel), Controladoria Geral do Estado (CGE), Procuradoria Geral do Estado (PGE), entre outros órgãos, tornando Rondônia referência nacional em gestão fiscal. Foi o que afirmou o secretário de Finanças, Franco Ono, na quarta-feira (30), na abertura do seminário Transformando a Sefin, realizado no Palácio Rio Madeira, em Porto Velho, para avaliação, monitoramento e ajustes do Plano Estratégico lançado em julho do ano passado para o período 2017/2020, bem como, discutir metas e desafios específicos para este ano, quando se encerra o primeiro ciclo da modernização fiscal do estado. O planejamento das ações para os próximos quatro anos define resultados pretendidos, objetivos e projetos prioritários, com o qual a Sefin trabalha aproveitando as oportunidades de arrecadação com o equilíbrio fiscal, assegurando controle dos gastos e condições financeiras para o desenvolvimento das políticas públicas em todo o estado.

COMÉRCIO DE MANAUS COM PERSPECTIVAS NEGRAS

O comércio varejista de Manaus vive um cenário de perspectivas ruins, com quedas nas vendas devido à conjuntura econômica e política conturbada do país. O Dia das Mães apresentou um baixo volume de vendas e as expectativas do Dia dos Namorados não desperta entusiasmo nos empresários ainda mais com os problemas da greve dos caminhoneiros. O presidente da assembléia geral da ACA (Associação Comercial do Amazonas), Ismael Bicharra Filho, afirmou que o clima de insegurança gerado nos últimos dias com a possível falta de combustível, só foi um ingrediente a mais que foi adicionados a atual situação que o comércio varejista tem enfrentando piora ainda mais as perspectivas. Segundo ele,

Imagina a situação do empresário que pensa em investir, e lembra do fracasso das vendas em datas importantes como o Dias das Mães neste ano, que foi uma lástima. Não tem como investir se você se sente inseguro quanto ao retorno. Não acredito que haja investimento de estoque enquanto existir toda essa instabilidade que o país vem enfrentando e principalmente, o comércio, que não viu a taxa selic cair”.

Bicharra ressaltou, que já se enxerga no centro e em alguns pontos da cidade, o reflexo que a crise vem trazendo para o comércio varejista. Para ele, a previsão é de um semestre muito difícil para o setor, com a crise no preço dos combustíveis que afetou ainda mais a confiança da população.

DEMISSÃO DE PARENTE FAZ DÓLAR AUMENTAR

A moeda norte-americana voltou a subir acima de R$ 3,75, nesta sexta-feira, (1), com o pedido de demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobras prejudicando a percepção dos investidores, sobretudo os estrangeiros, sobre a condução da economia brasileira e impactos do subsídio ao diesel sobre as contas públicas. Segundo o economista-sênior do Banco Haitong, Flávio Serrano, ao justificar a piora do mercado “A demissão gera dúvidas sobre a continuidade das políticas ortodoxas do governo”. Parente deixou o cargo em meio a discussões sobre a política de preços da petroleira. Por causa da greve dos caminhoneiros, a estatal havia concordado em reduzir a frequência dos reajustes do diesel por um determinado período contanto que a União pagasse pelas perdas causadas à empresa. Ele, que trouxe credibilidade à estatal, bastante arranhada após o rombo decorrente da Lava-Jato, entendeu que sua presença não seria mais positiva na condução da estatal.

AUTOR: SÍLVIO PERSIVO –  COLUNISTA TEIA DIGITAL

PROFESSOR E ECONOMISTA

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