Brasil Produtivo

Demanda fraca derruba preços do boi

A escala de abate diminui, por causa da baixa movimentação de compradores e férias em alguns frigoríficos

Os preços do boi gordo e da vaca gorda recuaram na semana passada em Mato Grosso. No caso do macho a queda semanal foi de 1,73% para R$ 112,86 a arroba. A cotação da fêmea caiu 1,44% para R$ 111,59 a arroba. Os dados são do boletim divulgado hoje pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Os técnicos relatam que o cenário atual no mercado do boi gordo, diante dos últimos acontecimentos (Operação Carne Fraca, que levou alguns países  importadores a impor restrição à carne brasileira), também está impactando os preços na reposição. “Na categoria bezerro de ano, a desvalorização semanal foi de 0,69%, cotado a R$ 1.105,95/cabeça”, diz eles.

Segundo o Imea, a escala de abate reduziu 0,51 dia, por causa da baixa movimentação por parte dos compradores e pelo fato de alguns frigoríficos estarem em férias coletivas, para ajustar seus estoques. “Pela segunda semana consecutiva todos os equivalentes registraram queda. A dificuldade no escoamento da carne no mercado interno tem contribuído para esse recuo”, comentam os técnicos.

Na análise conjuntural, os técnicos comentam que os últimos meses “se mostraram complicados” para o segmento de reposição. O levantamento do Imea mostra que na comparação anual todos os animais machos obtiveram queda em seus preços.

Os técnicos citam como exemplo o bezerro de ano, cujo preço em março/2016 era de 1.303,13/cabeça e em março/2017 o valor médio passou para 1.113,87/cabeça, um recuo de 14,52% no ano. No boi magro a queda foi de 8,72% e a maior retração ficou com o bezerro desmama, caindo 15,64%.

Eles observa que o ano de 2016 já não foi dos melhores para o setor, e 2017 também não tem sido de “flores”. Na avaliação dos técnicos, com o mercado interno desaquecido, o pecuarista que realiza engorda tende a ficar cuidadoso na hora de repor. O maior impasse são dos desacordos na hora da compra e venda, o que tem puxado esses valores para baixo, e com os últimos acontecimentos o mercado, que já estava morno”, agora pode esfriar.

Mais jovem

O boletim também publica uma análise mostrando que nos últimos cinco anos, a participação dos bovinos de até 24 meses no total abatido em Mato Grosso aumentou em 123,74%. Os analistas explicam que uma das principais motivações é o crescimento da preferência do mercado consumidor por proteína de animais mais jovens. “A apreciação da carne do novilho e novilha tem se tornado cada vez maior perante o consumidor, tanto o brasileiro quanto o internacional.”

Eles observam que com o avanço da procura por carne bovina de animais mais jovens, o preço desta categoria é estimulado, e há casos de remuneração da novilha por preço de boi gordo. “Diante destes fatos, o pecuarista mato-grossense não só tem buscado acabar seus bovinos mais cedo em busca de uma melhor remuneração, como também tem colocado mais peso nestes animais, visto que o peso do novilho e da novilha aumentou 11,63% e 5,67%, respectivamente, desde 2012.”imea boi novilho (Foto: imea boi novilho)

 

Fonte: Revista Globo Rural

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