SOMENTE NO ÂMBITO DA BR DISTRIBUIDORA FORAM R$564 MILHÕES
Em depoimento na delação premiada, o ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró afirmou que houve o pagamento de cerca de R$ 564,1 milhões em propina desde 2002, envolvendo negócios da estatal e da BR Distribuidora, uma de suas subsidiárias. Cerveró cita o nome de 11 políticos como beneficiários dos desvios. O valor, no entanto, pode ser ainda maior. As informações são do jornal O Globo.
A aquisição pela Petrobras da empresa petrolífera argentina Pérez Companc, em 2002, soma o maior valor, US$ 100 milhões (cerca de R$ 354 milhões) em propina a integrantes do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), segundo Cerveró.
Ainda segundo depoimento, a compra da refinaria de Passadena, nos EUA, pagou US$ 15 milhões (R$ 53,1 milhões) em propina ao ex-senador Delcídio Amaral, Fernando Baiano e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, entre outros. A aquisição de sondas pagou US$ 24 mihçies (R$ 84,96 milhões)em propina. O dinheiro teria sido distribuído entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e Delcídio, entre outros.
Já em Angola, a compra de blocos de petróleo rendeu entre R$ 40 milhões e R$ 50 milhões para a campanha do PT à presidência, em 2006. Segundo Cerveró, Fernando Collor teria recebido várias propinas envolvendo a BR Distribuidora, pelo menos R$ 26 milhões. A campanha de alguns petistas, como Jacques Wagner, em 2006, também foram financiadas por propinas.
Fonte: DiariodoPoder
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