A tripanosomose bovina é uma doença pouco conhecida e de difícil diagnóstico, porém pode provocar muitos prejuízos aos produtores. A enfermidade pode ser transmitida por diferentes vias. “A transmissão pode acontecer por moscas sugadoras de sangue e pelo compartilhamento de materiais compartilhados entre os animais, como agulhas empregada nas aplicações de vacinas e outras substâncias como a ocitocina. Em tese qualquer material que entre em contato com o sangue de animais portadores e logo após seja utilizado em um outro animal susceptível são fontes de transmissão da doença se infecção. “Outras vias estão sendo estudadas, mas qualquer tipo de troca sanguínea entre animais tem grande possibilidade de transmissão da doença”, alerta o médico veterinário Marcos Malacco, gerente técnico de pecuária de corte da Ceva saúde Animal.
A tripanosomose bovina é causada por protozoários que parasitam as células vermelhas do sangue, denominados Trypanosoma vivax, que são parentes próximos do Tripanosoma cruzi, o causador da doença de chagas nos seres humanos. “Essa enfermidade provoca perda de peso, acentuada queda na produção leiteira e nos índices reprodutivos dos animais afetados. Os bovinos afetados cronicamente, além de terem redução em seus índices produtivos, servem como fonte de infecção para os demais animais do rebanho. Se não for reconhecida e tratada rapidamente pode levar vários animais à morte em curto espaço de tempo”, ressalta Malacco.
Um dos sinais observados na tripanosomose é a anemia. Este sinal clínico é comum a outras hemoparasitoses bovinas (doenças provocadas por parasitas do sangue) como aqueles responsáveis pela tristeza parasitária. Assim a tripanosomose pode ser facilmente confundida com a tristeza parasitária, que é doença comum em grande parte do território brasileiro, dificultando o reconhecimento da doença.
“Os produtores podem perder 30% ou mais do valor comercial do rebanho, gerando perda econômica expressiva. Além disso, a doença pode levar à queda da imunidade geral dos animais afetados aguda ou cronicamente, favorecendo o surgimento de surtos de outras doenças no rebanho, como infecções dos pés e cascos, mastites, pneumonias etc.”, destaca o gerente.
Malacco também alerta que os tratamentos usuais empregados nos casos de tristeza parasitária não funcionam contra a tripanosomose. “Se o produtor tiver muitos casos ou reincidência de tratamento da tristeza, abortos, eficiência reprodutiva menor do que o ideal ou perda de produção de leite, ele precisa procurar um médico veterinário pois há grande risco de ser tripanosomose”.
Por outro lado, detectada, a doença tem cura e é fácil de ser tratada, desde que com o medicamento específico ou correto. A Ceva Saúde Animal tem no portfólio o Vivedium, a base de tripanocida específico e de longa ação, que é indicado tanto para tratamentos quanto para a prevenção da doença. Vivedium proporciona controle efetivo, alta eficácia e persistência prolongada, com redução da mortalidade e da morbidade causadas pela tripanosome, possibilitando maior produtividade e lucratividade dos animais. Além disso, a Ceva recomenda associar medidas preventivas, como um programa de controle de moscas, além do cuidado especial com o uso de agulhas e controle na compra de animais, sempre realizando testes preventivos.
Também é conveniente a realização de tratamentos de suporte para melhorar as condições gerais dos animais que estiverem doentes e diagnosticados com a tripanosomose. Estimulantes metabólicos, ricos em aminoácidos, cálcio, fósforo e colina (uma vitamina que participa dos mais diversos processos metabólicos e auxiliam o fígado), como Roboforte, são indicados. Para o controle da febre e aliviar os efeitos nocivos da quantidade excessiva de radicais livres liberados durante a doença, é recomendado tratamento com um antiinflamatório do grupo não esteroidal, como o Ketofen 10%.
FONTE: ASSESSORIA TEXTO COMUNICAÇÃO
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