Cultura

Artistas de Rondônia são atrações do Sonora Brasil amanhã

Projeto valoriza compositoras brasileiras e grupos indígenas com apresentação pelo YouTube nesta terça-feira, 9 de novembro

O grupo indígena ‘Wagôh Pakob’, do Povo Paiter Surui, e as cantoras Kali e Marcela Bonfim, que contarão com a participação de Ane Caroline e Andrea Triverio, são as atrações de Rondônia do Sonora Brasil, promovido pelo Sesc, e considerada a maior iniciativa brasileira de circulação musical. As apresentações acontecerão amanhã, terça-feira, dia 9 de novembro, e serão exibidas pelo canal do Sesc Rondônia no YouTube, às 18h30 e às 20h.

Sobre o grupo indígena ‘Wagôh Pakob’

Os Paiter Surui vivem em Rondônia, na terra indígena Sete de Setembro e se dividem em 27 aldeias localizadas pelas “linhas” onde estão situadas. Atualmente contam com uma população de cerca de 1.500 pessoas pertencentes às quatro linhagens clânicas. O termo Surui é exógeno, o povo se autodenomina Paiter, que significa “gente de verdade, nós mesmos” e a língua falada é Mondé, da família linguística Tupi. O contato oficial com os não indígenas se deu apenas em 1969 e trouxe profundas mudanças sociais além de uma grande baixa demográfica. São conhecidos como um povo cantor que também gosta muito de contar histórias. As canções tradicionais, relacionadas a rituais, relatam narrativas míticas e relembram momentos da história dos Paiter ou que retratam tarefas do cotidiano. Os Paiter têm canções que são atribuídas à criação individual e cantadas somente por seus criadores. Os Paiter utilizam michãngab (maracás de tornozelo) e os wãab (espécie de flautas), instrumentos de sopro.

Sobre Kali e Marcela Bonfim

Marcela Bonfim (1983) era outra até os 27 anos. Em SP, ainda em Jaú, cidade onde nasceu, acreditava no discurso da meritocracia. Já em Porto Velho, Rondônia, adquiriu uma câmera fotográfica e no lugar das ideias deu espaço a imagens de uma Amazônia afastada das mentes de fora, mas latentes ao lugar e às inúmeras potências desconhecidas a seu próprio corpo recém enegrecido. Entre o samba e o rock, permeia o processo visual de (re)conhecimento da Amazônia Negra, partindo desde a visualidade até o despertar de sons e movimentos, na fluência do Rio Madeira, do Rio Guaporé, via Atlântico-Mar, tendo na vivência e nas estórias de uma Amazônia enegrecida as mais possíveis imagens, contextos, climas e ambientes sonoros, para além do universos verde/cinza; neste processo refletidas em tons de negro, vermelho… Kali Machado Tourinho, nascida em Porto Velho, começou a compor com 15 anos, realizando seu primeiro disco E a primavera chega, em 2012, com a banda KALI. O grupo conquistou a indicação da imprensa local como revelação musical do ano de 2012, melhor grupo musical de 2013, participou de vários shows no Sesc Rondônia e também em locais como Centro Cultural São Paulo e FestCine Votorantim. Atualmente divulga seu segundo disco, Coisas da sua cabeça, gravado da YBmusic, em São Paulo.

Sobre o Sonora Brasil

A maior iniciativa brasileira de circulação musical está de volta. Promovido pelo Sesc, o Sonora Brasil chega a sua 23ª edição com a apresentação de um repertório inédito, composto por músicas de mais de cem compositoras brasileiras e 21 grupos indígenas de diversas etnias, que mostram toda a potência do projeto em divulgar as mais diferentes manifestações musicais do país. Em função da pandemia de COVID-19, o circuito não ocorreu em 2020 e, este ano, todos os espetáculos foram gravados em formato on-line, em mais de 20 estados, e serão transmitidos pelos canais de Youtube do Sesc em cada estado. Ao longo da sua trajetória, o Sonora Brasil já alcançou mais de 750 mil pessoas e realizou mais de seis mil concertos em todo o Brasil.

As abordagens apresentadas terão como temas as “Líricas Femininas – A presença da mulher na música brasileira” e “A Música dos Povos Originários do Brasil”. A temática de 2021 acompanhará a da última edição, realizada em 2019, já que os temas centrais do Sonora Brasil são definidos por biênios.  O lançamento foi no dia 19 de outubro e as exibições ocorrerão até o dia 12 de novembro, sempre às 18h30 (Povos Originários) e às 20h (Líricas Femininas). O calendário das transmissões está disponível na página do projeto (www.sesc.com.br/sonorabrasil) e todos os vídeos terão tradução para linguagem de libras, incluindo os espetáculos dos povos indígenas.

As apresentações do Sonora Brasil são de caráter essencialmente acústico, como forma de valorizar a autenticidade musical das obras. Uma curadoria formada por profissionais do Sesc é responsável pela seleção dos temas e grupos que integram a programação. Para escolha dos artistas e grupos, foram consideradas questões sociais, ligadas à diversidade de ritmos, de territórios e de artistas. O projeto contempla ainda oficinas, rodas de conversas e exibição de filmes, que serão promovidas, também em ambiente on-line, por unidades do Sesc de todas as regiões do país. Os catálogos de todas as edições estão disponíveis para consulta no site do Sonora Brasil.

 Serviço | Sonora Brasil | Sesc

 Data: 9 de novembro (amanhã, terça)

 Horários:

 18h30 | grupo indígena ‘Wagôh Pakob’ (Povos Originários do Brasil)

 20h | Kali e Marcela Bonfim (Líricas Femininas)

 Exibição: canal Sesc Rondônia no YouTube

 Vinheta de divulgação do projeto: https://bit.ly/sonora_brasil_divulgacao 

FONTE: ASSESSORIA SESC RONDÔNIA

Comentar

Print Friendly, PDF & Email

About the author

Gomes

Add Comment

Click here to post a comment

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

COMPARTILHE

BAIXE NOSSO APLICATIVO

RESENHA POLITICA

TEIA DIGITAL

TEMPO REAL

PUBLICIDADE

Instagram

Instagram has returned empty data. Please authorize your Instagram account in the plugin settings .
WP2Social Auto Publish Powered By : XYZScripts.com