Corinthians e Palmeiras se encontrarão pela primeira vez no ano em que o Dérby comemora seu centenário. O clássico desta quarta-feira (22), às 21h45 (de Brasília), pela quinta rodada do Campeonato Paulista, colocará frente a frente dois técnicos inexperientes que estão começando a implantar suas ideias. Porém, entre eles há uma grande diferença: o estilo de jogo que Verdão e Timão devem apresentar em 2017.
No Corinthians o trabalho de Fábio Carille é duro: ele mesmo assumiu a missão de deixar o estilo de jogo do time mais parecido com aquele que era apresentado na época que Tite era o comandante. Era uma equipe mais reativa, ou seja, que na maioria das vezes esperava o adversário atacar, pressionava forte e contra-atacava em velocidade, com transição rápida, compacta e eficiente.
O Timão de 2017 já começou a fazer isso. Foi a estratégia utilizada na vitória contra o Osasco Audax, por exemplo. Em vez de pressionar e buscar o controle do jogo, o que seria natural para um time grande, Carille deixou o adversário ficar com a posse da bola. Deu certo porque o time alvinegro não ficou na retranca. Atacou nos momentos certos e soube definir o jogo. É possível que essa mesma estratégia seja utilizada nesta quarta, contra o Palmeiras.
(Foto: © Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians)
Com relação a formação inicial do Corinthians para o Dérby, Fábio Carille definiu a equipe com novidades. Fora do confronto por conta da morte do pai, Anízio, Camacho será substituído por Maycon. Na ponta esquerda, Marlone, que havia sido preservado no fim de semana, também retorna. Outro que não atuou por precaução, o centroavante Jô ficará no banco já que Kazim aproveitou bem a oportunidade e seguirá entre os titulares.
Do outro lado, o desafio de Eduardo Baptista é justamente mudar a cara do time campeão brasileiro de 2016. Ele entende o futebol de forma diferente em comparação com o técnico anterior, Cuca. Baptista quer que o Palmeiras tenha um estilo de jogo mais propositivo, ou seja, que domine a partida, tenha controle da posse de bola, faça tabelas pelo chão e espere a hora certa para atacar. Além disso, prefere que o time faça marcação por zona, não individual.
Tantas mudanças criaram dificuldades naturais para Baptista, que até já sofreu pressão da torcida. Outro problema para o técnico foram as lesões de Tchê Tchê e Moisés, o que só reforça a necessidade de criar um novo time, sem algumas peças e características do que foi construído em 2016.
Para o duelo, Guerra, Keno e Thiago Santos disputam a vaga deixada pelo lesionado Moisés, que só retornará daqui a seis meses. A tendência é que o venezuelano ganhe a disputa. Michel Bastos, por sua vez, deverá atuar como ponta direita.
Fonte: Yahoo Esportes
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