Confúcio Moura não será candidato em 2018, nem vai sair do PMDB

Pressão da família e cansaço são os principais motivos para que ele não dispute espaço dentro da legenda com o senador Valdir Raupp, que vem para a reeleição; veja também como devem ficar as alianças para 2016

Juntos e misturados

Mauro Nazif deve trocar o vice agora em 2016, que continua do PDT, mas não será Dalton di Franco e sim o jornalista Solano Ferreira, que assumiu a secretaria de ação social do município no fim do ano passado. Não que isso faça alguma diferença para quem vive em Porto Velho, afinal Mauro só está trocando seis por meia dúzia. Mas a vaga não está “fechada”. O PSB vem deixando ela em aberto para negociar com outros possíveis aliados. Para o PDT a vice-prefeitura nem é tão interessante, melhor indicar secretários. O espaço é maior.

Nesse bolo

Quem está mais propenso a entrar seria o PMDB, que caminharia junto em 2016 e 2018, apoiando também Acir Gurgacz para o governo e Nazif (caso reeleito) iria para o Senado em dobradinha com Raupp. Não, Confúcio não será candidato em 2018. O governador anda de saco cheio e sofre uma enorme pressão por parte da família. Confúcio também não vai deixar o PMDB para entrar em nenhuma outra legenda. Confúcio é um dos pioneiros do partido em Rondônia, em 1983 fundou o diretório municipal em Ariquemes e nunca trocou de legenda. E não seria agora que o faria.

Portanto

Por mais que existam especulações em torno de sua saída do PMDB ou de candidaturas ao Senado. O grande impasse nessa questão diz respeito ao fato de que são duas vagas em 2018 e dificilmente o eleitorado votaria em 2 candidatos do PMDB (no caso, Raupp e Confúcio), um prejudicaria o outro. Com a aposentadoria política de Confúcio, o cenário fica mais tranquilo. Há tempos o governador dá indicativos de que já esgotou a paciência com o Executivo. Sua família pensa igual. Não fossem os compromissos assumidos durante sua primeira gestão, Confúcio nem teria saído à reeleição. Mas mesmo não sendo mais candidato, ele continua no partido que ajudou a fundar, e certamente deverá participar de decisões políticas.

Já os tucanos

Estão em uma (desculpe o trocadilho) sinuca de ‘bico’ com Mariana Carvalho que está cada dia mais longe de disputar a prefeitura. Com isso, o PSDB fica desfalcado porque não tem um “plano b”. A alternativa seria uma aliança com o PTB de Léo Moraes (ideia inteligente que encontra resistência entre os que insistem com Mariana). Já o PT segue ladeira abaixo sem nenhuma expectativa de lançar candidato na capital. E nem nos demais municípios, o partido nunca esteve tão em baixa, nem nos anos 80 e 90, quando participava de eleição só para não perder o registro.

Ribamar Araújo

Bem, nem ele próprio acredita em sua candidatura à prefeitura. O PR, que pertence ao senador Ivo Cassol, talvez permita essa aventura apenas para marcar presença com candidatura na capital. Isso se Ribamar não desistir no meio do caminho. Sua saída do PT era esperada, ele nunca foi petista, estava lá por puro comodismo e oportunismo. Ribamar tem eleitorado cativo e suas candidaturas tem teto. Ele não passa dos 8 mil votos.

Portanto

As eleições desse ano devem polarizar entre Nazif e Léo Moraes (com ou sem PSDB), já que os demais nomes são meros coadjuvantes. Mesmo que Mariana, em um rompante qualquer resolva disputar a eleição, ela não tem mais para onde crescer, já sabe seu teto. O desequilíbrio viria com um nome como Mário Português, mas a probabilidade dele vir à disputar o pleito é quase nula.

Crise

Dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário e da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, 841 empresas fecharam as portas em Rondônia nos últimos 23 dias (10/12/2015 a 21/01/2016). Os dados mostram apenas as empresas que fecharam formalmente. Os micro e pequenos são os principais combustíveis da economia do país, afinal, eles atendem principalmente o setor de serviços. Os principais motivos, claro, são a falta de linhas de crédito, altos juros e uma legislação trabalhista imoral, paternalista e irresponsável. Atualmente no Brasil é inviável para qualquer micro e pequena empresa manter um funcionário.

Rindo à toa

Mas, quem não parece enxergar essa crise é o mega-empresário e senador por Rondônia Acir Gurgacz, que em artigo publicado no jornal de sua família, o Diário da Amazônia (aquele que ele afirma não ser dele), elogiou a atitude do governo Dilma em manter a taxa Selic em 14,25%, o que, segundo ele, vai “impulsionar o setor produtivo, ampliando a oferta de crédito e a possibilidade de investimentos pelo setor privado”. Senta lá, Cláudia.

Só para recordar

Contrariando a recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU), o relator das contas da presidente Dilma Rousseff de 2014, Gurgacz apresentou em dezembro de 2015, seu parecer pela aprovação, mesmo com as “pedaladas fiscais”. O senador refutou o parecer do TCU e recomendou em seu relatório a aprovação, com “ressalvas”, como em outros anos. O senador afirmou que “não pensou na presidente Dilma”, e sim nos futuros governantes. O Palácio do Planalto já deflagrou uma estratégia para aprovar o parecer de Gurgacz, assim que o Congresso retomar os trabalhos após o recesso, na primeira semana de fevereiro. Os ministros mais próximos a Dilma avaliaram se haveria vantagem de se votar as contas ainda na atual formação da comissão, já que a sua composição será mudada no final de março, e concluiu que a atual formação é confiável — já aprovou as metas fiscais de 2015 e 2016 e o Orçamento da União de 2016. Aliada do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e próxima da própria presidente Dilma, Rose de Freitas disse ontem que o parecer será votado até 11 de março. Esse é o nosso senador!

Inaugurou

A prefeitura inaugurou nesta segunda-feira a Central de Óbitos que vai funcionar na Semusb. A solenidade aconteceu no final da tarde. A central vai funcionar como uma espécie de triagem para analisar casos de famílias que não tem condições de arcar com serviços funerários. O número para informações sobre o serviço é o 0800 647 1311.

Registro

Faleceu nesta segunda-feira o professor da Unir, Padre Zenildo Gomes, vítima de grave enfermidade. Ele estava internado no Hospital Central. Ele migrou para Rondônia ainda na década de 70, foi reitor da Unir e diretor da Rádio Caiari. Mesmo com idade avançada, já estava com 73 anos, ele jamais deixou de exercer a dupla função de sacerdote e professor.

Janeiro

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Clínica Mais Saúde informa – Hormônio que estimula empatia pode ser usado para tratar autismo

Uma equipe de cientistas dos Estados Unidos localizou o hormônio que estimula a empatia em animais, abrindo uma nova linha de pesquisa para o tratamento de doenças de transtorno da personalidade em humanos, como o autismo, de acordo com um estudo publicado nesta quinta-feira pela revista “Science”. Além do autismo, o avanço dos pesquisadores da Universidade de Emory, em Atlanta (EUA), pode ser aplicado à esquizofrenia. O experimento foi realizado com uma espécie de camundongos capazes de identificar os laços entre pais e filhos, mantendo relações monogâmicas para toda a vida. O estudo demonstrou, pela primeira vez, o comportamento de consolação em roedores, terminando assim com a crença de que os humanos são os únicos seres empáticos. A consolação foi considerada pelos cientistas da Universidade de Emory como o “contato dirigido a um indivíduo para acalmá-lo”. Quando um camundongo detectava a aflição, angústia ou medo em outros de seus companheiros, se aproximava e se esfregava perto dele para consolá-lo, da mesma forma que um humano abraça ou beija. Estabelecida a lógica, os pesquisadores se dedicaram a alterar o hormônio da empatia para comprovar que, ao estimulá-la, os comportamentos empáticos aumentam e, se bloqueado, desaparecem. Por isso, além dos sentimentos animais, os neurologistas focarão agora em aplicações válidas das descobertas para os humanos, como o tratamento de doenças psiquiátricas. O estudo rejeita a concepção que a empatia implique mecanismos cerebrais muito complexos, razão pela qual animais mais simples que os primatas são capazes de experimentar esse sentimento. Por outro lado, relaciona diretamente a consolação com os cuidados maternais recebidos no início da vida, que ficam gravadas nos cérebros dos animais.

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