A colheita de café da safra 2018/19 no Brasil alcançava 38 por cento do total até terça-feira, avanço de sete pontos percentuais na semana, mas ainda atrasada na comparação anual, informou a Safras & Mercado nesta quinta-feira.
De acordo com a consultoria, há um ano a colheita atingia 44 por cento do esperado no país, o maior produtor e exportador global da commodity. A média para esta época do ano, tendo por base as últimas cinco temporadas, é de 46 por cento.
Segundo Gil Barabach, consultor da Safras & Mercado, a colheita de café até voltou a evoluir bem, mas segue atrasada em especial para o conilon, cultivado principalmente no Espírito Santo.
“No geral, a qualidade do café é muito boa, tanto na bebida como no tamanho do grão. O atraso na colheita, associado à demora no beneficiamento e à retranca dos vendedores, justifica a oferta ainda tímida de café novo no mercado”, disse.
Em nota, Barabach afirmou que os produtores estão, no momento, mais preocupados com os trabalhos de colheita, o que limita a oferta física de produto no mercado. A recente queda das cotações colabora com a lentidão nas vendas, acrescentou.
Nesta semana, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, também destacou que os produtores estão retraídos nos negócios, focados nas atividades de campo e desestimulados pelos preços, mas ponderou que a colheita transcorre “em bom ritmo”.
A colheita de café no Brasil está estimada em um recorde de 58 milhões de sacas nesta safra, segundo o governo..
Para a Safras & Mercado, a produção deverá ser 60,5 milhões de sacas. Assim, com a colheita atingindo 38 por cento do total, até terça-feira já haviam sido colhidos 23,19 milhões de sacas, concluiu a consultoria.
FONTE: REUTERS
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