Divergência com Ferj e Flamengo causou discussão durante reunião online dos 20 clubes da primeira divisão nacional, na última quinta-feira (24)
Após colocar em pauta a discussão, defendendo ela mesma o retorno gradual do público aos estádios, inicialmente com 30% da capacidade, com a aprovação das autoridades, a CBF acabou criando um impasse com a Ferj (Federação de Futebol do Rio de Janeiro) e com o Flamengo.
De certa maneira, ambos defensores da volta imediata e que, segundo a CBF, iniciaram a campanha, se ancoraram também no fato de o Ministério da Saúde ter aprovado o estudo, enviado à instituição pela própria CBF, tornando, portanto, existente a autorização das autoridades.
O argumento da CBF, no entanto, é que o próprio ministério recomendou que os Estados e municípios também dessem a aprovação. Tal posição é defendida pelos médicos da entidade, que fizeram parte deste estudo, como Carlos Starling, consultor científico da Sociedade Brasileira de Infectologia, que também dá assessoria à comissão médica da CBF.
“Esse retorno dos torcedores tem sido discutido, para encontrarmos a maneira mais segura. É algo que absolutamente depende dos municípios, não há possibilidade nenhuma de ultrapassarmos a linha das autoridades sanitárias de cada localidade”, ressaltou.
Starling entende que o retorno tem de ser gradativo. Neste sentido, apresentar o estudo acabou precipitando um debate que poderia ser postergado, na avaliação de alguns especialistas. Ainda mais porque o próprio Ministério da Saúde já autorizou. Mesmo assim, Starling acredita que não houve precipitação.
“Há um entendimento em relação à volta gradual, sem data estabelecida. E não pode ser em um lugar e em outro não. Tem de haver consenso entre as autoridades sanitárias locais”, destacou.
A divergência causou uma discussão durante reunião online dos 20 clubes da primeira divisão nacional, na última quinta-feira (24). Rubens Lopes, presidente da Ferj, e Rogério Caboclo, presidente da CBF.
Lopes quer o retorno imediato e Caboclo, assim como 19 dos 20 clubes, preferem esperar o momento em que todos puderem abrir os estádios para os torcedores, evitando o risco de alguém sair privilegiado por poder atuar com torcida, em detrimento de outros que não podem.
FONTE: R7.COM
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