Porto Velho (RO) – Mais de 200 professores da rede pública municipal de Porto Velho realizaram, na terça-feira (30), uma manifestação pacífica para reivindicar direitos e denunciar o que classificam como falta de transparência e desrespeito por parte da gestão do prefeito Léo Moraes. O ato teve início às 9h, em frente à Secretaria Municipal de Administração (SEMAD), no centro da capital.
A mobilização contou com a presença e o apoio do advogado Samuel Costa, que atua na defesa de professores não sindicalizados da Prefeitura de Porto Velho (PMPV). Segundo os manifestantes, esses profissionais se sentem enganados pela atual gestão municipal, especialmente no que diz respeito à aplicação dos recursos da educação e aos descontos realizados nos vencimentos da categoria.
Com faixas, cartazes e palavras de ordem como “Educação se respeita!”, os professores seguiram em caminhada até a sede do SINTERO e, posteriormente, o ato foi encerrado por volta das 12h, no prédio do Relógio, sede da Prefeitura de Porto Velho.
Durante a manifestação, Samuel Costa foi enfático ao afirmar que os professores não sindicalizados estão sendo penalizados de forma injusta. “Estamos falando de profissionais que sustentam a educação pública municipal e que, mesmo assim, sofrem com descontos indevidos e com a falta de transparência na gestão dos recursos. O que a categoria pede não é privilégio, é o cumprimento da lei”, afirmou.
Entre as principais reivindicações estão o rateio imediato do FUNDEB, conforme determina a legislação vigente, e a suspensão de contratos milionários, que somariam até R$ 86 milhões, diante de suspeitas de má gestão e possível malversação dos recursos da educação.
Os professores também cobram a reanálise dos descontos indevidos aplicados sobre o retroativo do pagamento piso Nacional do Magistério, incluindo:
Imposto de Renda (IR);
IPAM Previdência;
Assistência médica;Honorários advocatícios de profissionais não filiados a sindicatos.

“O dinheiro da educação deve ir para quem está na sala de aula. Professor valorizado é sinônimo de ensino de qualidade e de respeito à cidade”, reforçou Samuel Costa. “Sem transparência, não há educação de qualidade.”
Ao final do ato, a categoria anunciou que um novo movimento já está marcado para o dia 5 de janeiro de 2026. De acordo com os professores, caso o prefeito Léo Moraes não recue nem apresente soluções concretas às demandas, a mobilização poderá evoluir para um movimento por prazo indeterminado, ampliando a pressão sobre a administração municipal.
Os manifestantes afirmam que a luta seguirá até que haja justiça, transparência e respeito aos profissionais da educação pública de Porto Velho.
FONTE: FOLHA RONDONIENSE


























Add Comment