Curso tem duração de quatro dias e aborda prevenção da doença e reabilitação de pacientes
A programação do Janeiro Roxo em Porto Velho, mês de conscientização sobre os cuidados e contra o preconceito referente à hanseníase, entrou em nova etapa nesta quarta-feira (18). Cerca de 30 profissionais de saúde municipais participam da parte prática da capacitação em “Prevenção de Incapacidades e Reabilitação em Hanseníase” na Policlínica Oswaldo Cruz.
“A importância da campanha é sensibilizar que existe um tratamento e para que o diagnóstico aconteça aos primeiros sintomas da doença. São conhecimentos que vão levar os profissionais da atenção básica para o tratamento além do uso do medicamento somente, e auxiliá-los na abordagem também”, explicou Albanete Mendonça, enfermeira e palestrante, que atua na Coordenação Municipal de Hanseníase.
A realização é da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) com o apoio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) e a organização sem fins lucrativos NHR Brasil.
Albanete é enfermeira e atua na Coordenação Municipal de HanseníaseCerca de 30 profissionais participam do curso, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, que atuam em unidades da rede de atenção primária à saúde.
Os dois primeiros dias da capacitação abordaram conteúdos teóricos a respeito dos sinais, sintomas e tratamento da doença. Já nos dias 18 e 19, os profissionais vão praticar os conhecimentos adquiridos sobre prevenção de incapacidades e reabilitação de pacientes.
A médica Paula Grabner, que atende na Unidade de Saúde da Família José Adelino, na zona Leste de Porto Velho, participa do curso e fala sobre a importância da participação dos profissionais na capacitação.
“É uma doença que está sendo deixada de lado e tem um estigma muito grande. Os profissionais de saúde acabam não sabendo lidar e apenas encaminham esse paciente para o tratamento com especialidades, sendo que é papel da atenção básica fazer a triagem desses pacientes, iniciar o tratamento e fazer a identificação dessas doenças. Apesar de todos os profissionais terem aprendido sobre a hanseníase na faculdade, muitas coisas novas saíram, inclusive novas formas de tratamento e abordagem”, disse.
Capacitação tem apoio da Agevisa e NHR BrasilA programação da campanha Janeiro Roxo 2023 já contou com palestras de sensibilização nas Unidades de Saúde Socialista, Ronaldo Aragão, São Sebastião, Mariana e Maternidade Mãe Esperança nos dias 13, 16 e 17. A programação segue até o dia 27 de janeiro. Confira:
16 a 19 de janeiro – Capacitação teórico-prática em “Prevenção de Incapacidades e Reabilitação em Hanseníase”. (16 e 17, parte teórica no Teatro Banzeiros / 18 e 19, parte prática – POC. Oswaldo Cruz).
20 de janeiro – Abertura oficial da campanha “Janeiro Roxo”
20 de janeiro – Pit-stop de conscientização sobre a hanseníase – av. Sete de Setembro, com Campos Sales.
20 de janeiro – Palestra na UPA Zona Sul
27 de janeiro – Pit-stop de conscientização sobre a hanseníase – av. José Amador dos Reis em frente a USF Hamilton Gondim.
HANSENÍASE
A hanseníase é uma infecção contagiosa de evolução crônica, que se manifesta por lesões na pele e sintomas neurológicos como dormências e diminuição de força nas mãos e nos pés. Ela é transmitida por meio do contato prolongado com pessoas já infectadas, e que não estejam em tratamento.
Seu diagnóstico, tratamento e cura dependem de exames clínicos e, principalmente, da capacitação do médico.
Os principais indicativos da doença são manchas claras, róseas ou avermelhadas no corpo, com diminuição ou ausência de sensibilidade ao calor, frio ou ao tato. Podem surgir caroços na pele, dormências, diminuição de força e inchaços nas mãos e nos pés, formigamentos ou sensação de choque nos braços e nas pernas, entupimento nasal e problemas nos olhos.
A suspeição é feita pelos profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS), na Atenção Primária. Já o tratamento é disponibilizado pelo SUS de forma gratuita, para crianças e adultos. O acompanhamento e tratamento é feito também nas UBS com três medicamentos, considerados eficazes e seguros. Quando descoberta tardiamente, a patologia pode deixar sequelas como deformidades e incapacidades físicas.
FONTE: ASSESSORIA COMDECOM
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