Parlamentares de Vilhena suspeitos de corrupção entraram na Justiça.
Ex-prefeito também fez pedido, mas administração entrou com recurso.
A Câmara de Vereadores de Vilhena (RO), a 700 quilômetros de Porto Velho, cumpriu determinação da Justiça e pagou os salários dos meses de novembro e dezembro do ano passado aos vereadores presos Vanderlei Amauri Graebin (PSC), Carmozino Alves Moreira (PSDC) e Junior Donadon (PSD). Eles estão presos por suspeita de corrupção e entraram na Justiça para terem direito ao salário depois que uma votação unânime na Casa de Leis suspendeu a remuneração dos presos.
De acordo com a Câmara, o pagamento do vereador Vanderlei foi liberado na segunda-feira (23). Carmozino teve o salário depositado na sexta-feira (20) e Junior Donadon recebeu os vencimentos ainda em dezembro de 2016. O presidente da casa, Adilson de Oliveira (PSDB), afirmou que cumpriu a decisão judicial, mas que irá recorrer da decisão.
Pagamento ao ex-prefeito
O ex-prefeito José Luiz Rover (PP) também teve o salário suspenso depois de ter sido preso, e conseguiu na Justiça o direito de receber. Contudo, a atual administração recorreu da decisão e agora aguarda o despacho do Tribunal de Justiça, prevista para sair ainda nesta semana.
Rover está preso desde novembro do ano passado no Centro de Correição da Polícia Militar em Porto Velho. De acordo com o Ministério Público e Polícia Federal, ele é apontado como chefe de uma organização criminosa que agia na prefeitura de Vilhena.
Eleições
Carmozino Alves Moreira, Júnior Donadon e Vanderlei Amauri Graebin foram reeleitos vereadores nas eleições do dia 2 de outubro.
Júnior foi o 5º mais votado da cidade e recebeu 1.057 votos, o que corresponde a 2,3% dos votos válidos. Graebin foi eleito pela 6ª vez consecutiva com 950 votos e Carmozino pela 4ª vez, com 921 votos.
Prisão dos vereadores
Entre outubro e novembro, sete vereadores de Vilhena foram detidos pela Polícia Federal (PF): Carmozino, José Garcia da Silva (DEM), Junior Donadon, Antonio Marco de Albuquerque (PHS), Jaldemiro Dedé Moreira (PP) e Maria Marta José Moreira (PSC) e Vanderlei Graebin.
As investigações apontam que os parlamentares participavam de um esquema de aprovação de loteamentos na cidade, mediante recompensa.
Para os loteamentos serem aprovados, eles recebiam terrenos e quantias em dinheiro. Após as prisões, os vereadores foram afastados dos cargos na Câmara e tiveram o salário suspensos.
Fonte: G1
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