Proporção é maior entre aqueles que não concluíram o ensino médio e entre estados das regiões sul e sudeste, aponta estudo da Unifesp
No Brasil, 86 milhões de pessoas em idade adulta – o que corresponde a 54% da população – estão em ao menos um dos grupos de risco da covid-19, ou seja, têm mais chances de desenvolver complicações por causa da doença, de acordo com um estudo da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp).
Foram considerados os grupos de risco conhecidos desde o início da pandemia: idosos (idade igual ou acima de 65 anos), pessoas com doenças crônicas como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e respiratórias (em particular doença pulmonar obstrutiva crônica – DPOC), câncer e doenças vasculares como AVC (acidente vascular cerebral).
Além disso, foram considerados fatores de risco incluídos com base em estudos internacionais mais recentes: doença renal crônica, obesidade, asma e tabagismo.
O estudo da Unifesp, coordenado pelo professor Leandro Rezende, usou dados de 51.770 pessoas que participaram da Pesquisa Nacional de Saúde realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e o Ministério da Saúde. Elas foram divididas conforme características de sexo, raça e escolaridade e as unidades federativas do Brasil.
Adultos com menor nível de escolaridade estão mais suscetíveis a complicações pela covid-19. Dentre aqueles que não concluíram o ensino fundamental, 80% estão em algum grupo de risco. A taxa diminui para 46% entre os que possuem ensino superior completo.
A pesquisa não encontrou diferenças proporcionais ao considerar as características de sexo e raça.
Os estados das regiões sul e sudeste são os que têm a maior parte de sua população em algum grupo de risco. O Rio Grande do Sul lidera (58,4%), em seguida estão o Rio de Janeiro (55,8%) e São Paulo (58,2%).
Por outro lado, os três estados que apresentam menor parcela da população vulnerável a quadros graves de covid-19 estão na região norte: Amapá (45,9%), Roraima (48,6%) e Amazonas (48,7%).
FONTE: R7.COM
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