País tem 624.507 óbitos e 24.553.950 casos registrados do novo coronavírus, segundo dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa. Média móvel de novos casos passa de 160 mil por dia, o 9º recorde seguido no índice.
O Brasil registrou nesta quarta-feira (26) 606 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 624.507 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 369 — a maior registrada desde 20 de outubro do ano passado (quando estava em 380). Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +194%, indicando tendência de alta nos óbitos decorrentes da doença.
- Total de mortes: 624.507
- Registro de mortes em 24 horas: 606
- Média de novas mortes nos últimos 7 dias: 369 (variação em 14 dias: +194%)
- Total de casos conhecidos confirmados: 24.553.950
- Registro de casos conhecidos confirmados em 24 horas: 219.878
- Média de novos casos nos últimos 7 dias: 161.870 por dia (variação em 14 dias: +169%)
O país também registrou 219.878 novos casos conhecidos de Covid-19 em 24 horas, chegando ao total de 24.553.950 diagnósticos confirmados desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi a 161.870 – a maior marca registrada até aqui e marcando o nono recorde seguido. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +169%, indicando tendência de alta nos casos da doença.
Tocantins não registrou mortes por Covid nas últimas 24 horas.
Dessa forma, a média móvel de vítimas atinge agora um patamar já bem acima do que estava às vésperas do ataque hacker que gerou problemas nos registros em todo o Brasil, ocorrido na madrugada entre 9 e 10 de dezembro (leia mais abaixo). Na época, essa média indicava 183 mortos pela doença a cada dia.
Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.
Instabilidade nos sistemas
Após o apagão de dados do Ministério da Saúde, os estados começaram a normalizar a divulgação de números de Covid-19 no Brasil no dia 4 de janeiro.
Em 12 de dezembro, o ministério informou que o processo para recuperação dos registros dos brasileiros vacinados contra a Covid-19 após ataque hacker foi finalizado, sem perda de informações. Mas, no dia seguinte, o ministro Marcelo Queiroga disse que houve um novo ataque hacker. A previsão inicial de estabilização dos sistemas, de 14 de dezembro, não foi cumprida.
No início de janeiro, o ministério informou que quatro de suas plataformas foram reestabelecidas ainda em dezembro; afirmou que, no dia 7 de janeiro, normalizou a integração entre os sistemas locais e a rede nacional de dados, e que o retorno do acesso às informações estava sido gradual.
Segundo a pasta, a instabilidade no sistema não interferiu na vigilância de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, como a Covid. É o oposto do que dizem pesquisadores.
“A gente não consegue planejar a abertura de novos serviços hospitalares, de centros de testagem, abertura de novos leitos e entender as regiões onde o impacto da nova variante é maior”, diz Julio Croda, infectologista e pesquisador da Fiocruz.
“A gente não viu a evolução e a chegada da ômicron. Ela não apareceu de repente no Ano Novo. Ela entrou ao longo do mês de dezembro, e a gente estava completamente em voo cego ali, porque não tinha dado nenhum; a gente não viu os dados crescerem”, afirma o professor Marcelo Medeiros, fundador do Covid-19 Analytics. Ele interrompeu o serviço que auxilia autoridades a tomarem decisões em meio à pandemia.
Curva de mortes nos estados
- Em alta (19 estados e o DF): RN, CE, PR, RS, SP, AL, GO, SE, MS, AM, ES, MG, AC, AP, PB, RJ, DF, MA, BA, MT
- Em estabilidade (3 estados): RR, PE, RO
- Em queda (2 estados): TO, PA
Essa comparação leva em conta a média de mortes nos últimos 7 dias até a publicação deste balanço em relação à média registrada duas semanas atrás (entenda os critérios usados pelo g1 para analisar as tendências da pandemia).
Vale ressaltar que há estados em que o baixo número médio de óbitos pode levar a grandes variações percentuais. Os números de médias móveis são, em geral, em números decimais e arredondados para facilitar a apresentação dos dados. Já a variação percentual para calcular a tendência (alta, estabilidade ou queda) leva em conta os números não arredondados.
FONTE: G1.COM
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