Chuva forte atingiu região ontem à tarde e amoleceu parte da lama onde equipes tentam localizar vítimas. Mais corpos devem surgir, dizem bombeiros
O sétimo dia de buscas por vítimas do mar de lama em Brumadinho (MG), por causa do rompimento de uma barragem da Vale, começou por volta das 4h desta quinta-feira (31) com um cenário um pouco diferente dos dias anteriores.
A chuva que caiu sobre a região no fim da tarde da quarta-feira (30) amoleceu parte da lama de rejeitos de minério, informaram os bombeiros ao repórter da Record TV Vinícius Araújo nas primeiras horas desta quinta.
“Hoje, talvez até os trabalhos melhorem por causa da chuva, porque ela limpou grande parte da camada superior de rejeitos. Então, existe a chance de mais corpos aflorarem”, explica o comandante das operações de busca em solo tenente-coronel Eduardo Ângelo Gomes.
Os helicópteros que fazem a varredura na área começam a chegar assim que o dia clareia. Após uma reunião de segurança entre as equipes, as aeronaves são liberadas para os trabalhos.
O tenente-coronel explicou que a chuva pode atrapalhar e ajudar ao mesmo tempo.
“São ônus e bônus. Ela ajuda a curto e a médio prazos, mas, pontualmente, é de extremo risco. Ontem, a gente quase perdeu uma equipe no local. Como tínhamos estabelecido um perímetro de segurança, a gente não teve problemas. A chuva no local traz risco para as equipes que estão em solo. Quando a equipe saiu [da lama], a água estava quase ao peito. Aí, [os bombeiros] foram para lugar alto e mais seguro para serem resgatados”, revela.
Assim como nos dias anteriores, serão utilizados cães farejadores e equipamentos que rastreiam sinais de celular.
Até a última quarta-feira, data do último balanço, as autoridades contabilizavam 99 mortos e 259 desaparecidos.
FONTE: R7, com Record TV
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