A necrose da cauda dos suínos é um problema recorrente na atividade. E pode ocorrer de diversas maneiras e devido a diferentes motivos. Quando novos, os animais podem apresentar ferida em formato de anel na cauda, o que impede a circulação sanguínea até a extremidade. A anomalia também pode se manifestar a partir da ponta da cauda, gradualmente se alastrando. A Biomin, empresa de soluções nutricionais do Erber Group, alerta que, apesar de ser um quadro comum na suinocultura, a doença acontece de forma imprevisível, comprometendo o desempenho tanto de leitões com poucos dias de vida até animais em fase de terminação.
“O suinocultor precisa estar atento aos primeiros sinais da necrose, pois, dependendo da gravidade, pode levar ao descarte do animal ou à sua condenação no momento do abate”, alerta Augusto Heck, gerente técnico comercial da Biomin.
No caso dos leitões, a necrose pode ocorrer devido a lesões causadas por brigas, nas quais os dentes dos animais podem inocular as bactérias ou a cauda cortada recebe materiais contaminados.
Já em animais adultos, a necrose resulta de infecções sistêmicas, devido ao dano às artérias, que diminuem o suprimento sanguíneo. “Essas lesões geralmente aparecem quando o sistema imunitário do animal está se recuperando, mas também podem ocorrer como parte da síndrome de dermatite e nefropatia suína provocada pelo Circovírus Suíno tipo 2”, explica Heck.
O bom manejo e a correta nutrição são essenciais como medidas preventivas. “Uma dieta desequilibrada, faltando biotina, triptofano, sal, proteína ou outros aminoácidos específicos, pode favorecer o aparecimento de necrose da cauda”, informa o técnico da Biomin. “A falta de água ou sua contaminação também favorecem a ocorrência desses problemas. Tais desequilíbrios nutricionais possibilitam o aumento da oferta de subprodutos de degradação microbiana, como lipopolissacarídeos. Eles podem provocar quadro inflamatório, que leva à redução do suprimento de sangue. A cauda e outras extremidades ficam dolorosas e irritadas, iniciando o processo de necrose”.
Como tratamento, os suínos afetados precisam ser transferidos para baias de enfermaria, nas quais suas lesões devem ser limpas, com aplicação de cicatrizantes ou repelentes tópicos, além de produto para evitar a contaminação ambiental. “Com a variedade de fatores que podem desencadear a doença, é necessário detectar a fundo os potenciais problemas e diminuir seu impacto”, finaliza Augusto Heck.
FONTE: ASSESSORIA TEXTO COMUNICAÇÃO
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