Especialista em pesquisa & desenvolvimento de defensivos agrícolas ativados por agentes microbiológicos (vírus, bactérias e fungos) e macrobiológicos (ácaros, insetos e nematoides), para manejo de pragas na agricultura, a empresa Promip anuncia o lançamento de uma solução 100% natural, voltada ao controle da lagarta Spodoptera frugiperda. Tida hoje como mais desafiadora praga da agricultura, a também chamada lagarta-do-cartucho tira o sossego do produtor em todo o Brasil.
Conforme o pesquisador Edmar Tulher, da Promip, há relatos de que a lagarta-do-cartucho já atinge pelo menos 180 cultivos, entre estes milho, soja e algodão, as âncoras do agronegócio. “Ela se alimenta massivamente da área foliar, diminuindo o estande de plantas na fase inicial da cultura”, resume ele.
“Estimamos um custo médio anual da ordem de US$ 600 milhões, para o campo adotar medidas de controle dessa lagarta somente por meio de inseticidas químicos”, acrescenta Tulher. “Se não controlada, a lagarta-do-cartucho pode dizimar em torno de 60% de uma lavoura”, afirma ele.
Produtividade e manejo integrado
Engenheiro agrônomo, entomologista e confundador da Promip, o CEO Marcelo Poletti enfatiza que a empresa acaba de colocar no mercado o bioinseticida microbiológico Baculomip® SF, formulado com base no isolado do vírus entomopatogênico Spodoptera frugiperda multiplenucleopolyhedrovirus (SfMNPV), descrito como ‘baculovírus’. Trata-se de um agente biológico natural, que age contra a lagarta-do-cartucho por ingestão. O vírus SfMNPV é fornecido à Promip pela Embrapa Milho e Sorgo.
Poletti ressalta que o elevado grau de tecnologia e inovação presente nos insumos de matriz biológica da Promip, já entrega a produtores de soja, milho, algodão e outros cultivos, eficácia similar à alcançada pelos produtos químicos, como os inseticidas sintéticos ‘premium’, no controle da Spodoptera frugiperda.
“Pesquisamos por vários anos o desempenho do novo Baculomip® SF associado ao biodefensivo Trichomip®, também do portfólio da Promip”, adianta Poletti. Trichomip®, de conceito macrobiológico, segundo o executivo, deriva da vespinha Trichograma pretiosum, que impede a eclosão de ovos da Spodoptera frugiperda (ação ovicida). Em sinergia, portanto, ressalta o CEO, “os bioinsumos potencializam a efetividade do controle da praga”.
“Estudamos em profundidade o manejo de resistência da lagarta-do-cartucho, envolvendo bioinseticidas e inseticidas químicos, em 23 municípios do País. Nenhum campo registrou o desenvolvimento de resistência da praga aos biológicos. Numa comparação específica a determinados inseticidas químicos, a aplicação combinada de Baculomip® SF e Trichomip® entregou quatro sacas a mais de milho, além de um padrão de controle médio da ordem de 50% da população da praga.”
Ainda conforme Poletti, a aplicação alternada entre os dois biológicos da empresa e um grupo de inseticidas químicos ‘premium” menos exposto à resistência da lagarta-do-cartucho, dentro do chamado manejo integrado de pragas (MIP), também aumentou, significativamente, os indicadores médios de controle da praga, em campos específicos, para perto de 80% da população de lagartas.
“A solução integrada entre microbiológicos e macrobiológicos abre caminho para a entrega de melhores resultados à cadeia produtiva. Algodão, milho e soja se tornam itens mais sustentáveis da pauta de exportações. Produtores que impulsionam o controle biológico e o manejo integrado de pragas ajudam a construir uma imagem positiva do País, enquanto exportador de ponta de commodities agrícolas mais seguras e saudáveis”, finaliza Marcelo Poletti.
Sobre a Promip
A Promip começou a operar numa sala de 30 m² da incubadora de empresas Esalqtec, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP), na paulista Piracicaba. Hoje, emprega mais de 120 colaboradores na região de Campinas (SP). A empresa possui um Centro de Inovações na cidade de Conchal, com 100 hectares e uma Fazenda Modelo. Na vizinha Engenheiro Coelho, funciona uma biofábrica que ocupa 60 mil m². A Promip tornou-se a primeira empresa a receber investimento do Fundo de Inovação Paulista, cujos cotistas são o programa Desenvolve SP (Governo do Estado), a Fapesp, Finep e o Sebrae, além do Banco de Desenvolvimento da América Latina e o ‘Jive’.
FONTE: ASSESSORIA BUREAU NETWORK FORCE
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