Resenha Politica

Avanço desregrado e criminoso de madeireiras está colocando em risco as etnias indígenas e reservas florestais da Amazônia – Por Róbson Oliveira

DIGNIDADE – A morte de Dom Moacyr Grechi, arcebispo emérito da Arquidiocese de Porto Velho, deixa uma lacuna enorme na defesa pela dignidade humana, cidadania e minorias. Era um prelado com uma consciência humana inigualável por defender postulados que nem sempre são do agrado das autoridades políticas. Dom Moacyr ficará para sempre na história rondoniense, assim como na acriana, onde também exerceu a prelazia com a mesma dignidade que todos conhecem.

CORAGEM – Embora fosse um homem de estatura franzina e com características medianas, Dom Moacyr nunca se curvou ao autoritarismo nem aos poderosos de plantão. Era um grande homem que crescia ainda mais todas as vezes que aumentavam a voz contra os injustiçados. Um homem de coragem que fará falta em tempos tão sombrios. Na inauguração do escritório de advocacia do brilhante advogado Romilton Marinho, na época este cabeça chata era associado, tivemos a honra de receber as bênçãos do Dom Moacyr. Uma noite memorável, entre comes e bebes, ouvimos atentamente relatos de luta do velho incansável bispo.

RISCOS – Nunca antes na história recente desse país as comunidades indígenas foram tão vilipendiadas quanto agora. O avanço desregrado e criminoso nas reservas está colocando em risco as etnias e nossas reservas florestais.

GARANTIA – A operação realizada pelas polícias na região de União Bandeirantes para coibir as agressões ao meio ambiente é um balsamo de que nem tudo está perdido. A ação criminosa de parte do setor madeireiro termina sendo respaldada por autoridades políticas irresponsáveis que veem as políticas de preservação ambiental como óbices ao lucro fácil. A repressão ao crime ambiental é a única saída para garantir às etnias e às futuras gerações um equilíbrio saudável entre desenvolvimento e meio ambiente.

SENSATEZ – Confesso que achei uma atitude sensata do chefe do executivo estadual ao deixar de decretar ponto facultativo na sexta-feira (21), visto que os antecessores sempre o faziam quando no calendário o feriado caía na quinta-feira. Esta é uma semana atípica em Rondônia, além do feriado nacional de Corpus Christi, hoje (terça-feira 18), temos um feriado estadual alusivo às pessoas que professam a fé evangélica. Decretar ponto facultativo na sexta-feira seria uma insensatez com os serviços públicos, o comércio e ao trabalho. O governador Marcos Rocha merece aplauso em inverter uma lógica que premia o ócio.

PREVIDÊNCIA – a Comissão Especial da Câmara dos Deputados criada com o objetivo de analisar e votar o projeto da Reforma da Previdência começou a debater os pontos mais controversos do projeto, em especial os que foram extraídos do projeto original que a equipe econômica do governo enviou ao Congresso, como a retirada das normas sobre capitalização e da previsão de que regras de aposentadoria sejam detalhadas por leis complementares, o impacto das novas regras de aposentadoria das mulheres, a retirada das novas normas para a concessão de benefício de prestação continuada e mudanças nas regras de pensão por morte.

RETORNO – O projeto modificado pela Câmara afeta menos alguns direitos dos servidores que aguardam a votação para requererem as respectivas aposentadorias, mas há perdas substanciais em nome das futuras gerações. Embora não esteja ainda muito claro com ficará o projeto após a votação, é certo que muitas das propostas iniciais que foram retiradas podem retornar até a votação final.

SALVAÇÃO – É um embuste o discurso da área econômica governamental de que a Reforma Previdenciária é a salvação da economia brasileira. Há um discurso manipulado com a intenção de provocar temor à população de que sem a reforma o país quebra. O Brasil quebrou faz tempo, a reforma é importante para garantir no futuro as aposentadorias daqueles que sobreviverem. Para melhorar a economia é preciso muito mais do que discursos de ódio, é preciso um projeto de país. Algo raro na atual conjuntura.

MEMÓRIA – De forma discreta e anônima visitei parte das instalações do prédio do relógio que passou a abrigar a administração da capital. Não é todo dia que a memória de uma comunidade é reconstruída e passa a ser o principal prédio de decisões políticas de um município, principalmente quando a reforma respeita as formas originais do prédio. Agora é torcer para que a reforma da Estrada de Ferro Madeira Mamoré seja concluída com o mesmo zelo histórico do prédio do relógio. Sugiro à municipalidade o mesmo zelo com o mercado municipal que compõe o mesmo espaço e que está necessitando uma boa reforma, antes que a defesa sanitária interdite o local.

AUTOR: RÓBSON OLIVEIRA –  COLUNA RESENHA POLÍTICA

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