Eliminação na Libertadores foi tão dolorosa para o atleticano como o vice-campeonato brasileiro de 77, quando perdeu o troféu para o São Paulo sem perder um jogo
O torcedor do Atlético-MG apoiou, gritou, incentivou, mas viu o Galo ser eliminado em casa pelo Palmeiras nas semifinais da Libertadores ao empatar com o alvinegro por 1 a 1, nesta terça-feira, no Mineirão. O placar com gols fora de casa garantiu o time paulista em mais uma final da competição sul-americana, que será disputada no dia 27 de novembro, no estádio Centenário, em Montevidéu, no Uruguai.
A dor da torcida foi ainda maior pois o Atlético era tido como o grande favorito para chegar à segunda decisão de Libertadores em sua história. A campanha do time mineiro terminou sem uma única derrota nesta edição da Libertadores. Em 12 jogos, foram sete vitórias e cinco empates, sendo que a igualdade diante do Verdão em casa foi a mais doída.
Foi a segunda vez que o Galo cai invicto em uma grande competição onde tinha chances reais de título. O Alvinegro repetiu o fatídico ano de 1977, quando perdeu o título Brasileiro para o São Paulo nos pênaltis, sem perder uma partida sequer. O filme repetido foi visto no Mineirão, com o Galo levando apenas quatro gols em toda a Libertadores.
Dor do passado, que se repetiu no presente
Um dos maiores times do Atlético-MG e da história do futebol Brasileiro, o time de 1977 foi vice-campeão de forma invicta do Campeonato Brasileiro. Foram 62 clubes divididos em três fases de grupos até a classificação para as semifinais, foi o primeiro Brasileirão decidido por uma disputa de pênaltis.
Até a final contra o São Paulo, o Galo foi o time de melhor campanha, tendo vencido 17 partidas e empatado apenas três. Numa época em que a vitória valia apenas dois pontos, isso significou 10 pontos de vantagem sobre a segunda melhor campanha, justamente a dos sao-paulinos.
A supremacia era demonstrada além dos pontos: o Atlético teve o melhor ataque da competição disparado. Liderado por Reinaldo, o ofensivo time de Barbatana venceu Santos, Remo, Santa Cruz, Grêmio, Bahia e o grande rival Cruzeiro duas vezes, praticando sempre um grande futebol.
Reinaldo foi o artilheiro do campeonato, marcando 28 gols em 18 jogos e estabelecendo um recorde de gols que só foi quebrado 20 anos depois, ainda assim em muito mais partidas disputadas. A média de 1,55 gols por partida, no entanto, dificilmente será quebrada um dia.
Mas, na decisão, já ano de 1978, o Galo não foi competente nas cobranças e pênaltis e acabou deixando escapar o titulo de 77. A eliminação na Libertadores deixou um sentimento parecido no atleticano que esperava a ida à final do torneio sul-americano
FONTE: LANCE
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