É o agricultor competitivo o responsável pelas profundas transformações observadas no ambiente tecnológico do agro nos últimos anos
AUTOR: MARCELO POLETTI
Não há como retroceder no consenso de que o aumento da produtividade agrícola tem de vir somado à sustentabilidade. Além de alimentos de qualidade, o campo trabalha hoje para entregar a seu cliente elevados e progressivos parâmetros de segurança socioambiental. Este novo tempo obriga o agricultor a trilhar, continuamente, caminhos traçados por estratos globais a cada dia mais exigentes em relação à origem de alimentos e commodities agrícolas. Frente a esse cenário, irreversível, o agricultor brasileiro engajado na qualidade, ciente de seus desafios mercadológicos, já levou fornecedores de insumos e serviços, entre outros, a repensar modelos de negócios, soluções e pacotes de tecnologia, bem como a reinventar operações de suporte e atendimento às propriedades rurais. Em paralelo, o “agricultor tradicional” vai dando lugar ao novo agricultor: disruptivo, inovador, questionador, exigente, formador de opinião. É o agricultor competitivo, em resumo, o responsável pelas profundas transformações observadas no ambiente tecnológico do agro nos últimos anos. O ‘agricultor-referência’, o verdadeiro empresário rural, aquele que persegue incessantemente a produtividade e a competitividade – da porteira para dentro e da porteira para fora -, tornou-se catalisador das inovações do campo registradas na última década. Ele hoje espera encontrar nas empresas que o atendem quadros técnicos qualificados e sintonizados com as tecnologias de ponta – da biotecnologia ao controle biológico, de novas moléculas químicas aos revolucionários bioinsumos, do monitoramento de lavouras por satélite às aplicações de insumos por drones, apenas para citar alguns exemplos. Para a Promip, pioneira na pesquisa e no desenvolvimento de defensivos agrícolas ativados por agentes microbiológicos (vírus, bactérias e fungos) e macrobiológicos (ácaros, insetos e nematoides), o desafio central daqui para a frente será transferir ao agricultor a excelência na prática do MIP ou manejo integrado de pragas. Já conseguimos, através da plataforma ‘MIP Experience’, integrar pequenos, médios e grandes produtores a algumas das maiores companhias do mercado de agroquímicos, envolvendo ainda nesse processo marcas fortes do varejo, startups de tecnologia, universidades e expoentes da pesquisa agrícola. MIP Experience constitui um programa de agricultura sustentável ao alcance de todos os produtores de FLV – frutas, legumes e verduras -, e que está chegando também às lavouras de grãos. As boas práticas agrícolas atreladas ao programa resultam em menor consumo de água e energia, reduzem as emissões de carbono, preservam o meio ambiente e entregam ao agricultor mais produtividade e rentabilidade a custos menores, bem como alimentos seguros e saudáveis ao consumidor. O programa MIP Experience quer levar o manejo integrado de pragas a toda a fronteira agrícola, independentemente do tamanho de propriedades. Estamos convencidos de que chegaremos lá porque o agricultor brasileiro é antes de tudo um visionário. Foi ele quem sempre deu direcionamento e sempre fomentou a absorção de novos conceitos advindos da inovação, impulsionou empresas, tecnologias, equipamentos e insumos. Foi ele quem forjou o Brasil campeão mundial do agronegócio. E é ele a ‘alma do negócio’ do programa MIP Experience.
*Marcelo Poletti é engenheiro agrônomo, fundador e CEO da Promip, desenvolvedora de produtos biológicos para manejo integrado de pragas.
FONTE: ASSESSORIA BUREAU DE IDEIAS – NETWORK FORCE
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