Com episódios de cerca de 50 minutos cada uma, ele gira em torno de seis histórias emocionantes.
Donos de cachorros certamente vão pausar algumas vezes os capítulos de “Apenas Cães” para procurar seus bichinhos de estimação e fazer um afago durante a nova série documental da Netflix.
Com episódios de cerca de 50 minutos cada uma, “Apenas Cães” gira em torno de seis histórias emocionantes que são certeiras para atrair telespectadores amantes dos animais.
Logo no primeiro episódio conhecemos Corrine e acompanhamos sua luta contra a epilepsia. A jovem, que sofre constantemente com intensos episódios de convulsões, passa a ser acompanhada por Rory, um cão treinado para identificar as crises para mantê-la protegida e avisar rapidamente os pais da menina.
Mais do que a relação de Corrine com Rory, “Apenas Cães” mergulha em toda a estrutura desenvolvida na escola de treinamento dos animais e acompanha outras histórias onde os animais podem ajudar os seres humanos diariamente.
Assim como capítulo de abertura, temos na sequência “Zeus está preso”. Refugiado da Síria, Ayham deixou não só a arrasada cidade de Damasco para trás. Deixou também familiares, amigos e seu cão, Zeus, um husky. Já estabelecido na Alemanha, ele conta com a ajuda de amigos e organizações de proteção para tentar levar Zeus até a Alemanha, inclusive com auxílio de contrabandistas.
Se você espera cenas emocionantes como “Marley & Eu” esqueça. O documentário capta emoções e angútias reais. As sensações dos personagens transparece em seus relatos e na captura espontânea de situações, mesmo às vezes um pouco mais tímida, algo compreensível por quem está sendo acompanhado por uma equipe de TV.
Mais que os cães
A premissa de contar as histórias da relação entre cães e humanos é infalível, mas o documentário tem sucesso em mostrar como este pode ser o estopim para mostrar realidades muito mais amplas.
“Quando você conta uma história por meio das lentes, você tem a oportunidade de mostrar jornadas diferentes, desafios e personagens. São várias apostas que precisam ser pagas no fim da história de um jeito ou de outro”, disse Glen Zipper, produtor executivo da série, ao site Mashable.
Os relatos de “Apenas Cães” passeiam nessa toada. Histórias emocionantes que conseguem tocar sem apelar para uma faceta piegas em busca de lágrimas fáceis. Neste ponto, o trunfo da série é criar empatia e identificação entre audiência e personagens.
As histórias da série são muito diferentes entre si e se passam em lugares que pouco tem a ver um com o outro. Houve aí certamente o desafio dos documentaristas de criar uma unidade para o projeto para que os seis episódios não fossem um “catadão” de vídeos, e sim que tivessem uma linha de raciocínio.
E a expectativa de Zipper, que tem outras histórias na manga, é de que o projeto ganhe uma segunda temporada.
“Agora que o mundo verá essa série e essas jornadas, espero que as pessoas também comecem a nos contar suas histórias para nós”, completou.
FONTE: UOL
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