Um mês antes da chacina da família Vidal, no Incra 9, Lázaro Barbosa, 32 anos, invadiu uma chácara no Sol Nascente, onde atirou em uma grávida e roubou R$ 6 mil em espécie. O dinheiro era tudo o que o caseiro Uildson Rodrigues Lopes, 25, e a mulher tinham economizado em anos de trabalho.
Uildson contou ao Metrópoles os momentos de pânico vividos pela família quando estava sob a mira do revólver empunhado pelo criminoso, morto nessa segunda-feira (28/6), em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do DF.
Até as primeiras fotos de Lázaro serem divulgadas após a chacina, o caseiro não sabia quem tinha entrado na sua casa e quase matado a mulher dele e a filha. As duas foram atingidas de raspão após disparo do assaltante. A bala passou pelo joelho da mulher e raspou na menina de apenas três anos.
“Eu o reconheci. Totalmente certeza que era o Lázaro, porque no dia que ele rendeu a gente, eu observei que no rosto dele tinha uma pequena cicatriz. Até registrei esse detalhe na ocorrência policial. A altura dele, uns 1,80m e tinha uma barba rala. Tenho totalmente certeza”, reforça.
O caseiro, que se mudou para uma cidade no interior de Minas Gerais depois do trauma, explicou que Lázaro chegou sozinho à chácara por volta das 19h do dia 11 de maio deste ano. Armado, abordou o cunhado de Uildson e anunciou o assalto, rendendo três adultos e duas crianças no interior da casa.
Uildson lembrou que o psicopata trajava um colete balístico e estava armado com um revólver calibre 38, uma faca e muito nervoso. “Chegou exigindo dinheiro, armas, celulares e tudo de valor que havia na propriedade”, diz.
Segundo o caseiro, Lázaro os ameaçou: “Ele disse que se a gente reagisse poderia se arrepender muito mais”.
“Ele já estava vigiando a gente do mato. Os cachorros estavam latindo e nós não demos importância. Pediu até as notas fiscais dos telefones celulares”, lembra. Lázaro ficou na propriedade por cerca de três horas. Antes de sair, deu uma coronhada na cabeça do cunhado de Uildson, que levou cinco pontos.
Desempregado desde que foi vítima do psicopata, Uildson acompanhou a fuga e a morte de Lázaro. “Como ele já morreu, não tenho mais como recuperar o que ele me levou. Se tivessem pego ele vivo, até que eu iria, mas já morreu mesmo”, desabafa.
Investigadores da 23ª Delegacia de Polícia (P Sul), onde foi registrada a ocorrência, devem colher nos próximos dias o depoimento do caseiro.
FONTE: METROPOLES.COM
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