Dois dias e meio de viagem entre Vilhena e Porto Velho, parando nas regionais de saúde. Assim, a Agevisa coletou até agora 80 mil amostras para testes de covid-19
Desde o início da pandemia, aproximadamente 80 mil amostras de RT-PCR* para covid-19 vieram transportadas das mais longas distâncias do Estado de Rondônia para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), em Porto Velho, pela equipe do Núcleo de Doenças Imunopreveníveis e Transmissão Hídrica e Alimentar na Gerência Técnica de Vigilância Epidemiológica.
Domingo (30), depois de dois dias e meio de viagem, a equipe especializada em transporte na Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) trouxe para o Lacen mais um carregamento de amostras.
A Gerência Técnica de Vigilância Epidemiológica, dirigida pela médica Arlete Baldez, se dedica a diversas áreas de atuação. Os resultados dos exames seguem rapidamente o percurso de volta às pessoas, o que dá ideia da organização do cuidadoso trabalho de elucidação dos casos positivos ou de testes negativos da doença.
Ao elogiar a atuação quase anônima dessa equipe (em revezamento), a chefe do Núcleo, Surlange Ramalhaes Amaral, lembrou que as viagens ocorrem desde março de 2020, sem poupar dias e noites ao longo de estradas, inteirando a média de até 15 por mês.
Enquanto houver amostras para serem encaminhadas ao Lacen, a equipe se deslocará ao interior para cumprir o seu papel. Surlange lembrou que o Laboratório se dedica intensamente a elucidar a realidade das vítimas do coronavírus, utiliza uma sala exclusiva para receber essas amostras desde o início da pandemia em 2020.
“Por serem incansáveis, nossos colegas em equipe podem ser também chamados de guerreiros, afinal, estão há quase dois anos nas estradas sem escolher dia ou hora; saímos de nossas casas no final de semana, incluindo as festas de final de ano, para que a população recebesse os seus resultados dentro do prazo”,
Domingo (30) ela retornou com a equipe de mais uma viagem a Vilhena, a 705 quilômetros de Porto Velho, na divisa com o Estado de Mato Grosso.
COMO É
Segundo o diretor geral da Agevisa, Gilvander Gregório de Lima, a Portaria nº 86 de 21 de março de 2020, colocou a Agevisa como responsável pela coleta e envio de amostras das regionais de saúde de Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Rolim de Moura e Vilhena.
“Foi constituída uma equipe de técnica na Gerência Técnica de Vigilância Epidemiológica com enfermeiras e biomédica, e a participação direta do Núcleo de Transportes”, assinalou.
Amostras coletadas possibilitarão o diagnóstico da covid-19 no interior
Conforme Gregório, a logística funciona assim: todo dia para um carro com um técnico mais o motorista, se desloca de Porto Velho a Vilhena passando em todas as regionais de saúde para entregar insumos e material para realização das coletas de RT-PCR em tempo real.
Esse teste rápido que o Governo de Rondônia vem promovendo serve, entre outros aspectos, para suprir a necessidade dos municípios abrangidos e assistidos pelas regionais; ao mesmo tempo, outro carro se desloca com as coletas realizadas por essas cinco regionais saindo de Vilhena passando pelas mesmas regionais, e dali para a Capital, entregando as amostras para as análises do Lacen.
ENTENDA
∎ *RT-PCR vem do inglês e significa reação de transcriptase reversa seguida de reação em cadeia da polimerase.
∎ Na prática, seu objetivo principal é colher uma amostra das secreções respiratórias do paciente e posteriormente tentar identificar a presença do vírus. Procura-se, então, a presença do material genético viral, semelhante ao que ocorre em investigações policiais, na procura por evidências. Assim, ao encontrar uma ou mais “evidências” da presença do novo coronavírus em secreções humanas, é possível confirmar a infecção.
∎ Para isso, é inicialmente colhida a amostra do paciente, por meio de um swab nasal e nasofaríngeo [cotonetes estéreis colocados no fundo do nariz e da garganta] ou amostra de sangue, em alguns casos. Tendo o material do paciente, todos as amostras microbiológicas são extraídas para análise.
FONTE: SECOM/RO
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