Servidora concilia o papel de mãe com a carreira profissional ao longo de duas décadas
Há 22 anos, a agente comunitária de saúde Ilana Rejane tem a missão de orientar e cuidar da saúde de centenas de moradores na zona Leste de Porto Velho. Com mais de duas décadas de atuação, a servidora criou vínculos com a comunidade e os mais diversos tipos de pacientes, como crianças, idosos, portadores de doenças crônicas, entre outros. Mas um perfil específico de paciente desperta emoções que a Ilana entende bem.
“As futuras mamães são um tipo de paciente diferente de todos os outros que nós, agentes comunitários de saúde, lidamos. Acredito que por estarem gerando uma vida dentro de si, essas mulheres acabam ficando mais sensíveis e necessitando de um acompanhamento especial. Um sentimento que eu conheço bem”, afirma Ilana.
Ao longo das duas décadas, a servidora conciliou o seu papel de mãe com o de profissional que cuida de futuras mamães. “Tenho pacientes que eu conheci ainda criança e que hoje são mães de família e que tiveram toda a gestão acompanhada por mim”, lembra a servidora.
PARCERIA ENTRE MAMÃES
Ilana trabalha como agente comunitária de saúde na Unidade de Saúde da Família (USF) Hamilton Gondim. A poucos metros da unidade mora Jane Ferreira da Silva, uma das pacientes atendidas por Ilana e que está na sua segunda gestação. “É um momento mágico. Apesar de todas as complicações que muitas mulheres passam, acredito que os privilégios de ser mãe falam mais alto. É algo muito intenso e emocionante”, afirma Jane.
“O nosso trabalho é muito importante para as futuras mamães, pois conseguimos acompanhar o pré-natal e os exames periódicos e consultas necessárias nessa fase. Trabalhamos para que elas entendam que esse acompanhamento vai repercutir ao longo da gestação, na saúde da mãe e do bebê e até no momento do parto”, afirma Ilana.
A cumplicidade e a experiência com a maternidade acabaram unindo as duas mamães para além da relação servidora e paciente. É que o trabalho da Ilana, bem como de toda a equipe do USF Hamilton Gondin, foi fundamental para que Jane pudesse vivenciar uma segunda gestação.
“No ano passado eu sofri um aborto espontâneo e precisei passar por tratamento para engravidar novamente. Vindo desse contexto, o apoio e orientação da Ilana, e do SUS como um todo, foi surreal e muito gratificante. Sou muito grata pela vida dela”, lembra Jane.
Para Ilana, a dupla experiência com a maternidade, no lar e no trabalho, só reforça o privilégio e o significado de ser mãe. “Ser mãe é algo divino. É sobre olhar durante e após a gravidez e saber que dentro de nós um ser humano foi gerado, alimentado e desenvolvido. Acredito que ser mãe é dar vida e, com certeza, foi o momento mais especial da minha vida e acredito que para as minhas pacientes também seja assim. Eu sou apaixonada pelo que faço, apaixonada pela minha profissão e por ser mãe”, declara Ilana.
FONTE: ASSESSORIA COMDECOM
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