Unidade será definida pelo Depen, Presos por posse ilegal de armas
Os 2 homens suspeitos do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, presos na última 3ª feira (12.mar.2019), vão ser transferidos para 1 presídio federal.
O pedido foi feito nesta 5ª feira (14.mar.2019) pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e deferido pela juíza Amanda Alves, do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro).
O presídio federal para onde o ex-sargento da Polícia Militar Ronnie Lessa e o também ex-PM Élcio Queiroz serão enviados ainda será definido pelo Depen (Departamento Penitenciário Nacional). Ambos estão presos na Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca.
De acordo com a assessoria do MP, a motivação do pedido foi tomada após a realização de duas audiências de custódia em Benfica, na Zona Norte, em razão da posse ilegal de armas de uso restrito por parte dos acusados.
Ronnie e Élcio já tinham tido a prisão preventiva decretada por conta do inquérito que apura a morte da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. Durante a operação realizada na 3ª feira (12.mar) para prendê-los, a polícia encontrou na casa de Élcio duas pistolas e munições de fuzil.
Já Alexandre Motta de Souza, amigo da dupla, foi preso em flagrante, segundo o MP-RJ, por manter em casa 117 componentes de fuzil, além de acessórios como miras e supressores de ruído, que seriam de propriedade de Ronnie Lessa, além de mais de 360 munições e uma arma calibre 22.
“O crime em tela merece total reprovabilidade por parte do Poder Judiciário, haja vista que o material bélico e as munições apreendidas, são de alto poder destrutivo, de uso restrito, havendo fortes indícios que o armamento seja utilizado na prática de outras condutas ilícitas de caráter paramilitar”, disse a juíza ao determinar a prisão.
ENVOLVIMENTO NA MORTE DE MARIELLE
Segundo as investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Ronnie foi o responsável pelos disparos contra a vereadora e o fez do banco de trás do carro. Élcio teria dirigido o veículo. A investigação ainda busca pelos mandantes do crime.
De acordo com os investigadores, Ronnie Lessa fez pesquisas na internet sobre os locais que Marielle frequentava. Desde 2017 também acompanhava a rotina do então deputado estadual Marcelo Freixo (Psol), de quem Marielle foi assessora. Ele ainda levantou informações sobre o general Braga Neto, na época interventor na segurança pública do Rio.
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