Programas de tratamento e prevenção ao vício são oferecidos gratuitamente à população
No Brasil, 428 pessoas morrem diariamente vítimas do tabagismo e exposição passiva ao tabaco, segundo o Ministério da Saúde (MS). Esse dado acende o alerta para a necessidade do abandono da dependência química. Através da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), a Prefeitura de Porto Velho oferece tratamento adequado e eficiente para o tabagista deixar o vício. A prevenção também é um dos serviços ofertados.
Segundo o Ministério da Saúde, o tabaco é uma planta chamada de “Nicotiana tabacum”. Suas folhas são utilizadas para a produção de diversos produtos, sendo a nicotina o principal alvo e responsável pela dependência.
Ainda de acordo com o MS, o tabagismo é reconhecido como uma doença crônica. Conforme a Revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, ele integra o grupo de “transtornos mentais, comportamentais ou do neurodesenvolvimento” em razão do uso da substância psicoativa.
TRATAMENTO
No entanto, apesar dos efeitos fortes e progressivos, um caminho para o abandono da dependência química é ofertado pela Prefeitura de Porto Velho. Através do Programa de Controle do Tabagismo, os pacientes que fazem o uso de tabaco, mediante cigarro, dispositivos eletrônicos, charuto, entre outros, podem ser acompanhados pelos profissionais de saúde da Atenção Primária à Saúde (APS). Esse serviço é gratuito e oferecido nas unidades básicas de saúde.
Segundo a coordenadora do Programa de Controle do Tabagismo, Cleide Davy, “nas unidades, os pacientes recebem um acompanhamento completo para deixar a dependência química, com todas as nossas equipes capacitadas para atender esse tabagista que deseja cessar o fumo”.
Nas unidades básicas, o paciente que deseja receber atendimentos para abandonar o tabagismo, passa pela consulta com o médico e depois é integrado às atividades individuais ou em grupos. Segundo a coordenação do programa, esse paciente é acompanhado de forma completa pelos profissionais das equipes de estratégia de saúde da família. Ao todo, o tratamento segue por um ano.
NÚMEROS
Dados do Departamento de Atenção Básica (DAB), da Semusa, mostram que 11.856 pessoas se declaram tabagistas e estão cadastradas no sistema de saúde da Prefeitura de Porto Velho. No entanto, desses, aproximadamente 150 deram início ao tratamento.
Marilene Penati, secretária-adjunta da Semusa, explica que esses números expõem o desinteresse dessas pessoas em procurar ajuda. “O SUS oferece, de forma completa, o atendimento às pessoas que fazem uso do tabaco. Nossas unidades básicas são porta de entrada para o abandono desse vício, mas infelizmente isso não depende só do Poder Público. Precisamos que as pessoas tenham o interesse e força de vontade para largar o vício. Só assim, poderemos reduzir os casos de doenças pulmonares, por exemplo”.
Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), revelam que em 2020, o tabagismo foi responsável por 161.853 mortes no Brasil. Este resultado representa 13% do total de mortes que ocorrem no país anualmente.
Ainda segundo o instituto, com relação ao grupo de causas das mortes anuais atribuíveis ao tabagismo: 37.686 correspondem à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica; 33.179 às Doenças Cardíacas; 25.683 a outros cânceres; 24.443 ao câncer de pulmão; 18.620 ao tabagismo passivo e outras causas, 12.201 à pneumonia e 10.041 ao acidente vascular cerebral (AVC).
PREVENÇÃO
Além do tratamento, a rede pública municipal de saúde também trabalha com a prevenção em diferentes frentes. A metodologia, considerada eficiente, leva ações educativas e informativas para diversas regiões da cidade, através de disseminação de informações para a comunidade.
O Programa de Saúde na Escola também é uma das estratégias da Prefeitura que atua na prevenção ao tabagismo. Nos colégios municipais e estaduais, os profissionais das unidades de saúde levam atividades lúdicas e educativas sobre o tema.
Na Escola Estadual Capitão Cláudio, a ação executada pela Unidade de Saúde da Família Renato Medeiro, os profissionais reuniram centenas de alunos no auditório do colégio e mobilizaram ações educativas. Janaína Zanin, coordenadora do Programa de Saúde na Escola, pontua que “essas ações acontecem em todas as regiões da cidade. O PSE é uma estratégia muito positiva e necessária. Sempre que levamos os serviços para as escolas, temos uma boa adesão e sentimos que estamos contribuindo para o desenvolvimento das nossas crianças e adolescentes”.
FONTE: ASSESSORIA COMDECOM
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