O criatório de José Humberto Vilela Martins, detentor de um dos mais tradicionais plantéis de seleção de raças zebuínas do país, realizou a 1ª Semana Camparino de 27/10 a 4/11 e obteve números surpreendentes. A primeira edição do evento teve liquidez total para uma oferta pesada de 542 fêmeas. A venda de 173 exemplares Nelore Padrão, 240 Nelore Mocho e 129 Sindi representou um faturamento de R$ 3.765.000,00. A Connect Leilões, responsável pela negociação, registrou a participação de 47 compradores de 15 estados, além da entrada de 12 novos criadores no mercado, pela raça Sindi. “A Semana Camparino vai ficar marcada por vários aspectos. Destaco o grande interesse do mercado pela raça Sindi, que teve todos os lotes confirmados com antecedência e um número considerável de nov os criadores investindo”, observa o diretor da Connect Leilões, Silvestre Marinho do Carmo, ao interpretar o mapa de negócios que apresentou os preços mais altos na categoria ‘vacas paridas’. “As fêmeas Nelore padrão saíram mais valorizadas. Porém, considerando o grande volume ofertado, podemos dizer que todas as médias praticadas ficaram acima das nossas expectativas”, diz.
Outra mensagem deixada pela Semana Camparino reforça conceitos básicos propagados por técnicos e assessores sobre a importância da qualidade e da inovação no segmento pecuário. “A receptividade do mercado aos animais da marca Camparino mostrou mais uma vez que para genética melhorada e com procedência não falta demanda. Constatamos também que um atendimento personalizado aliado à tranquilidade de poder ver os lotes e confirmar a compra em uma plataforma de vendas digital atrai mais compradores conferindo transparência e credibilidade ao negócio”, conta Beatris Arantes do Carmo, sócia da empresa leiloeira.
Veja as médias da 1ª Semana Camparino:
Sindi
Bezerras: R$ 6.293,47 – Novilhas: R$ 7.384,00 – Vacas paridas: R$ 8.407,69
Nelore Mocho
Bezerras: R$ 6.017,19 – Vacas prenhas: R$ 5.463,15 – Vacas paridas: R$ 7.905,56
Nelore (padrão)
Bezerras: R$ 6.798,97 – Vacas prenhas: R$ 7.788,89 – Vacas paridas: R$ 9.135,48
Sobre a Camparino:
A Fazenda Camparino está localizada no município de Cáceres, Mato Grosso, uma das regiões mais representativas da pecuária nacional e José Humberto Vilela Martins é um selecionador apaixonado pelo que faz. Ele preserva a tradição familiar de cinco gerações dedicadas ao agronegócio, criando com excelência as raças Quarto de Milha, Gir Leiteiro, Nelore e Sindi. Com mais de 9 mil cabeças em uma área bem manejada de 4.600 há, a fazenda é uma das grandes referências para o melhoramento genético desenvolvido com raças zebuínas. A produção anual é de 600 tourinhos e 450 fêmeas PO entre bezerras, novilhas e vacas. O rebanho Nelore que prioriza a aplicação de avaliações genéticas apresenta índices superiores em seus indivíduos e gr& aacute;ficos de evolução de características acima da média da raça. “O gado tem de ser bonito e funcional. Além de docilidade o rebanho precisa ter fertilidade com precocidade, ser produtivo e rústico”, diz o criador que destaca outras virtudes perseguidas na seleção de fêmeas. “Se o pecuarista conseguir desmamar um bezerro de sete para oito meses com 250 kg ele já andou metade do caminho para chegar a um boi em idade de abate. Ter matrizes que possam contribuir com a sustentabilidade e a viabilidade econômica da fazenda é uma vantagem indispensável”, comenta José Humberto. O rebanho Nelore está inserido no programa de melhoramento da ANCP (Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores) há 18 anos. O PMGZ (Programa de Melhoramento de Zebuínos) foi adotado há 4 anos para Nelore e Sindi.
“O Zebu que paga a conta” é o slogan que faz referência ao conceito de seleção de José Humberto Vilela Martins e por isso a raça Sindi ganhou um capítulo especial na história da Camparino. O gado vermelho chegou há cer ca de oito anos e atualmente o plantel tem 200 fêmeas, além dos touros de central: Clube Camparino, Pentágono Camparino, Calibre Camparino, Herói Bompasto, Canry Baguassu e Xilon da Estiva. José Humberto conta como a raça o conquistou. “Fui comprar vacas Nelore na fazenda de um companheiro. Aquilo foi bem no pico da seca, em meados de agosto para setembro e, mesmo assim, os animais Sindi estavam gordos e isso me chamou muito a atenção. O dono chegou a falar comigo que aquele gado não emagrecia por nada. Fiquei tão empolgado que já encomendei um caminhão de fêmeas . Eu falei que voltaria em 30 dias e voltei mesmo, e a partir daí, fui comprando mais e em 30 dias comprei 105 cabeças”, relata o selecionador ao destacar a eficiência dos animais “Eu sempre penso em um dia a pecuária fazer uma mensuração de produção determinando o ganho de quilos de carne por hectare. Tenho certeza absoluta que o Sindi vai sair na frente. Eu preciso disponibilizar essa genética para que mais criadores entrem para a raça e todos juntos consigam aumentar o plantel e fazer essa genética chegar ao gado comercial em grande volume”, diz.
José Humberto Vilela Martins é um dos maiores vendedores de touros do país e um disputado fornecedor de reprodutores para a indústria de sêmen. A marca conta atualmente com 16 animais alojados em central e em 2017 vendeu 100 mil doses.
Fotos: Arquivo Fazenda Camparino
Legenda Foto Sindi: Raça Sindi é a que mais atrai novos compradores
Foto detalhe: José Humberto e Silvestre comemoram resultado
FONTE: ASSESSORIA
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