Eu sempre acredito nisto. “Ninguém é assim tão velho que não acredite que poderá viver por mais um ano” (Cícero).
UMA PROVA DE QUE EM RONDÔNIA ACONTECE DE TUDO
Em que outro estado existe corrida nacional de jericos, não os burros, mas, os veículos motorizados adaptados ao trabalho no campo, construído de forma artesanal? Ou algo tão original quanto o Bloco da Cobra? Festival de Holambra ou Feira de Goiás? Festa de gaúcho com varejão é fichinha. Bem, para completar, em Ji-Paraná aparece, agora, o Holi Music Color Festival, que acontece dia 30 de abril no estacionamento do clube Vera Cruz. A festa que contará com Djs locais e atrações nacionais é uma imitação. O Holi ou Festival das Cores é um evento anual realizado na Índia, que comemora a chegada da primavera. Nele as pessoas atiram tintas de diversas cores uns nos outros e é celebrada com muita comida, bebida e música. A adaptação ji-paranaense acrescentou música eletrônica ao festival seguindo a forma como já foi feita em outros locais com sucesso. Na festa, os participantes devem se vestir de branco e recebem saquinhos com pó colorido e corante para participar da guerra de cores.
CINE OCA EXIBE CINEMA PERNAMBUCANO NA UNIR
O cinema pernambucano vive, desde 1996, quando o Festival de Brasília consagrou “Baile Perfumado”, de Lírio Ferreira e Paulo Caldas, duas décadas de ouro. Cineastas como Cláudio Assis (“Amarelo Manga”), Marcelo Gomes (“Cinema, Aspirinas e Urubus”), Kleber Mendonça (“O Som ao Redor”), Camilo Cavalcante (“A História da Eternidade”) e Gabriel Mascaro (“Ventos de Agosto”) consolidaram a fama do Estado como produtor de cinema de qualidade. A rica produção audiovisual de Pernambuco foi recolhida na Antologia do Cinema Pernambucano, uma coleção com 212 filmes, e, agora, parte desta coleção (22 curtas) será exibida pelo CineOca no II Festival de Arte e Cultura da Universidade Federal de Rondônia, nos dias 28 e 29 de abril, às 19h30, no auditório da Unir Centro.Dentro da temática Cinema/Transcinema há filmes badaladíssimos como “That’s a Lero Lero”, de Lírio Ferreira e Amin Stepple, “Simião Martiniano”, de Clara Angélica e Hilton Lacerda. Na temática Câmera/Cidada destacam-se “Soneto do Desmantelo Blue, de Claudio Assis, e “Recife Frio”, de Kleber Mendonça. A coletânea foi garimpada pelas produtoras Isabela Cribari e Germana Pereira e pelo curador do projeto, o jornalista e cineasta Rodrigo Almeida.
QUARTA-FEIRA ESTRÉIA EROS IMPURO
“Eros Impuro”, uma peça que começou a ser encenada em 2011, explora o tema da violação do corpo infantil por meio do sexo e da erotização, um tabu social, que é tratado de forma sutil, de uma forma delicada para evidenciar, sobretudo, as sequelas do abusado. O diretor e dramaturgo Sérgio Maggio, cujo texto foi premiado, na temporada paulista da montagem, como Melhor Dramaturgia de 2013 pelo Portal R7, também foi um dos projetos agraciados pelo Programa Petrobras Distribuidora de Cultura, para abrir itinerância, na da região Norte, a começar de Porto Velho. Do dia 27 (quarta-feira) a 30 de abril (sábado), a peça entra em cartaz no Teatro Um do Sesc, às 20h, com entrada franca. Depois da sessão de estreia, haverá o painel de debate “A arte diz não ao abuso sexual contra crianças e adolescentes”. Outras atividades paralelas de formação de plateia serão feitas pelo grupo em escolas públicas. Um dos destaques é a oficina gratuita “O Exercício da Crítica Teatral”, ministrada por Sérgio Maggio, o diretor e mestre em crítica pela Universidade de Brasília. Também terá um encontro com o Grupo Imaginário. “Eros Impuro” já circulou por 14 capitais e foi visto por mais de 10 mil espectadores.
SEGURANÇA OSTENSIVA
Não se pode deixar de elogiar a iniciativa, embora nem se saiba de quem, mas, supostamente, do comando da Polícia Militar, de reforçar a vigilância ostensiva, no feriadão nas proximidades do Porto Velho Shopping. Duplas de policiais se postaram, ostensivamente, nas esquinas dos quarteirões próximos dando muito mais segurança as pessoas que transitam por ali onde, nos últimos tempos, os assaltos haviam proliferado. Sem dúvida uma atitude que merece elogios e que deveria ser também adotada no comércio da Zona Leste onde também os assaltos têm ocorrido com muita frequência.
A VERDADEIRA MUDANÇA PASSA POR UMA ESCOLA MELHOR
Segundo divulgado o documento preliminar da Base Nacional Curricular Comum (BNCC) recebeu mais de 12 milhões de contribuições para, de acordo com o Plano Nacional de Educação (PNE), definir, a partir de 2017, quais são os “objetivos de aprendizagem” do projeto pedagógico das escolas e os currículos das aulas de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. Claro que participação é uma coisa, em geral, boa, mas, a pergunta, principalmente, numa questão tão importante é de quem são as contribuições? Dos burocratas, dos teóricos que não dão aulas? De novos pedagogos que são teóricos, mas, encampam teorias que pretendem apenas derrubar governos, acabar com o capitalismo? Ensinar as crianças sobre sexo? Nem é preciso lembrar que mudaram a nossa educação antiga, mas, criaram um sistema que ninguém sabe onde pode nos levar com uma ideologização e politização das escolas e salas de aula que redundou num verdadeiro descaminho da educação e na perda dos bons modos. A grande verdade é que sem uma verdadeira revolução na educação, sem a atualização e informatização dos professores, sem oferecer novas mídias e informações que possam retomar o interesse de alunos, cada vez mais antenados com a modernidade, a escola continuará a ser uma instituição anacrônica ancorada no século passado que só serve, como tem servido, para certificação. É preciso que haja investimento e mudança, de fato, na escola para que possamos educar a população e o Brasil possa evoluir, inclusive, sob o ponto de vista político.
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