No mesmo boletim de ocorrência, outra mulher afirma que o mesmo delegado a assediou e apalpou seus seios dentro da delegacia
Porto Velho – Um caso no mínimo assustador foi registrado na Central de Flagrantes de Porto Velho na madrugada do último dia 28. De acordo com o boletim de ocorrências 8198/2014, uma mulher de 24 anos, que havia sido conduzida a Central de Polícia, acusada de participar de um furto a um motel, narra que foi estuprada pelo delegado plantonista durante seu interrogatório e que o mesmo iria “aliviar” para o lado dela se a mesma mantivesse relações com ele.
A mulher narra que “permaneceu sozinha com o delegado, ocasião em que o mesmo a chamou de ‘gostosa’, abrindo sua braguilha e colocando o pênis para fora pronunciando as seguintes palavras, ‘você tem a boca muito gostosa’, perguntando ainda se a vítima fazia programas”. Ela respondeu que sim, e cobrava R$ 200 para isso e teria recebido como resposta, “mas para delegado é de graça né?”. Ele então teria mandado ela chuipar seu pênis, e ela disse que “não, quero apenas sair daqui”. Em seguida ela alega ter diso ao delegado que havia sido machucada pelos policiais militares que a tinham conduzido e a pretexto de ver as lesões, o delegado a teria levado ao banheiro da Central de Polícia e pediu que a mesma tirasse a roupa. Ele então teria passado a molesta-la, fazendo carícias em sua bunda e vagina, ocasião em que a mesma começou a chorar. O delegado então teria mandado ela calar a boca, “senão ele ia perder o tesão” e que era para ela “aliviar seu lado que ele aliviaria o dela”. Na sequência ele teria penetrado a vagina da moça e ejaculou no vaso sanitário.
Após o ato consumado, o delegado afirmou que “iria ajuda-la”. Ela afirma que não sabe o nome do delegado, mas que ele era “branco, alto forte e estava de boné preto”.
Uma outra mulher, de 24 anos, que também havia sido conduzida a delegacia na condição de testemunha, também registrou no mesmo boletim ocorrência contra o delegado plantonista. Ela afirma que “no momento em que estava sendo ouvida como testemunha na ocorrência 8191/2014, pelo delegado plantonista, o mesmo passou a corteja-la com as seguintes palavras, “você tem peitos bonitos”, “tem boca gostosa”, “esse piercing na boca deve fazer coisas gostosas, hein”, “voce tem coragem de me chupar”, “você foi casada?”, “já chupou teu marido?”, “estou de pau duro”; que a vítima afirma ainda que o delegado apalpou seus seios”. Ela também não soube informar o nome do delegado, mas o descreveu como branco, alto, forte, estava de camiseta e boné preto e calça jeans clara”.
A ocorrência foi encaminhada ao delegado plantonista Hudson Fabiano da Costa, na manhã do dia 28 (os fatos narrados ocorreram durante a madrugada do mesmo dia) e ele despachou da seguinte forma, “chegou a meu conhecimento e foi classificado como ESTUPRO A MAIOR DE IDADE. Consta no histórico que as vítimas S.S.M e M.K.M quando foram oitivadas pelo delegado plantonista sofreram suposto abuso sexual, em que S. realizou sexo oral e vaginal com a pessoa que se identificou como Delegado, a fim de se ver beneficiada na ocorrência policial 8191/2014 (N.R. essa informação não é a mesma do boletim de ocorrência feita pela Polícia Militar) onde figura como conduzida, porém, após tais atos sexuais, tal delegado lhe falou que nada poderia fazer em razão do plantão dele estar acabando e que a análise da ocorrência ficaria para a análise do delegado de polícia que assumiria o plantão. Quanto a M. esta alega que a pessoa se identificou como delegado e disse que ela possui seios lindos e por possuir piercing deveria fazer sexo oral muito bom e pedindo que ela fizesse, com o que se negou. Quando do depoimento das testemunhas e vítimas se descobriu a pessoa que se identificou como delegado de polícia é o Excelentíssimo Delegado de Polícia Civil XXXX, que já não se encontrava nessa unidade policial desde às 7h00, em razão de ter terminado seu plantão, bem como os fatos foram noticiados no meio da manhã do dia de hoje com o que foi comunicado a diretora da Divisão de Flagrantes – DIFLAG, Excelentíssima Delegada Roselei de Lima que orientou no sentido de realizar as oitivas dos envolvidos presentes para posterior encaminhamento às unidades competentes para investigação e finalização de qualquer procedimento policial que possa ser gerado, tendo inclusive se feito presente nesta DelPol o diretor de policia metropolitana Celso Souza”.
Delegado foi afastado em 2011 por bebedeira
Em agosto de 2011 o delegado acusado era lotado em Guajará-mirim e envolveu-se em uma confusão que culminou com seu afastamento. De acordo com o boletim registrado na época, assim narrava a situação do recém empossado delegado, “quando a Guarnição chegou ao local deparou-se com um cidadão dormindo ao volante do veículo, os policiais então tentaram acordar o condutor, mas este logo tentou ligar o veículo e na tentativa de sair em fuga estancou o carro. Neste momento os policiais militares pediram para que o suspeito desligasse e saísse do interior do automóvel, o que ele não fez, causando suspeita de perigo aos PMs, tento em vista que o homem já havia empunhado uma arma de fogo, uma pistola de cor prata. Diante disso os policiais sacaram a arma, pediram que o homem largasse a pistola e se identificasse. Ele não se identificou, disse que não largaria a arma e que se os policiais militares quisessem atirar que atirassem, pois ele não tinha medo de morrer e era muito homem.
Diante de tantas insistências o homem, ainda no carro, jogou a arma no banco traseiro e disse que era delegado de Polícia em Guajará-Mirim. Os policiais então solicitaram sua carteira funcional para que ele comprovasse o que estava dizendo, mas o delegado demonstrava-se cada vez mais exaltado e a todo tempo destratando a guarnição policial de serviço.
Como não localizou sua carteira funcional o delegado acabou por apresentar sua Carteira Nacional de Habilitação, na carteira constava o nome de xxxxx, como ele é recém chegado na cidade e os policiais não o conheciam foi feito contato com a Delegacia Regional da Polícia Civil para verificar a veracidade da identificação apresentada, o que foi confirmada pelo comissário de plantão, Walmir Ardaia de Souza.
Enquanto a viatura da polícia civil não chegava ao local os PMs verificaram que o delegado aparentava visível estado de embriaguez alcoólica e muita sonolência. De acordo com os policiais antes da viatura da Policia Civil chegar ao local dos fatos, o delegado Marco tomou uma atitude inesperada, de imediato passou a gritar que os PMs podiam lhe matar, colocou as mãos na nuca se ajoelhou e novamente gritou dizendo: “Querem me matar? Podem atirar, atirem bem na cabeça, pois não tenho medo de morrer e sei que você já matou muitos”, disse referindo-se ao aluno a cabo da PM, Wilmar do Nascimento Lima. Minutos depois chegou ao local à viatura da Polícia Civil, composta pelos agentes Rubens e Evaristo, neste momento, segundo consta no Boletim, o delegado passou a se exaltar novamente, proferindo palavras de baixo calão e ameaçando os PMs, dizendo que nunca mais eles tocariam a mão nele e em seguida, num ato inesperado, investiu contra a guarnição de serviço, sendo contido pelos próprios agentes da Polícia Civil.”
fonte. painel Politico
Prezados Senhores,
Sou o Delegado que está sendo apontado como tendo cometido estupro dentro da Central de Flagrantes.
Venho por meio desta apresentar esta nota de repúdio à forma como os fatos vem sendo noticiados de forma irresponsável, sem ouvir a minha pessoa, violando meu direito de defesa, minha privacidade, causando extremo prejuízo à minha honra.
Faço questão que os fatos sejam apurados, o que já está sendo feito, e não tenho a menor dúvida de que a verdade aparecerá e que essas mulheres irresponsáveis e criminosas respondam pelo dano que vem causando à minha pessoa e também à Instituição Polícia Civil, órgão que luta pela sociedade de forma imparcial.
Irresponsável também a forma como ligam um fato ao outro, o que aconteceu em Guajará-Mirim foi apurado e já respondi pela minha conduta, e posso assegurar que não houve processo criminal e que os fatos noticiados à época também não se deram conforme amplamente noticiado pelos meios de comunicação.
Causa-me estranheza que certos veículos de comunicação, cujo dever em tese seria o de levar ao conhecimento do público fatos verídicos, publique matérias sem antes averiguar a verdade dos fatos, que aliás cabe ao Governo, através de suas Instituições próprias.
Estranho também que os nomes das supostas vítimas sejam preservados enquanto a identidade de um Delegado seja exposta dessa forma.
Aliás, no Brasil é assim, Direitos Humanos nunca para Policiais ou cidadãos de bem, sempre para os bandidos que vem cada dia mais assolando nosso país.
E por falar nos cidadãos infratores, uma das supostas vítimas estava descrita como testemunha e foi apurado por mim que sabia da origem ilícita dos bens que negociava, pois para quem não sabe as duas supostas vítimas fazem parte do grupo de pessoas que teria furtado diversos bens de um estabelecimento comercial e que foram presas pela Polícia Militar em um excelente trabalho.
Aliás, conheço profissionalmente os Policiais Militares que realizaram a prisão e posso assegurar que realizaram seu trabalho da melhor forma possível, e como não poderia deixar de acontecer, estão sendo acusados de terem agredido uma das supostas vítimas, certamente a fim de afastarem sua conduta ou denegrir os órgãos policiais.
Já se foi a época em que a Polícia era órgão da Ditadura Militar, a Polícia de hoje é formada por pessoas que dão o sangue literalmente para proteger a sociedade, e muitas vezes ficam a mercê de comentários e pré-julgamentos que não condizem com a verdade.
Lamento que meu nome tenha sido irresponsavelmente exposto dessa forma e tenho fé que a verdade aparecerá.
Grato pelo direito de resposta.
Marcos Barp de Almeida.
Delegado de Polícia.
Prezados Senhores,
Sou o Delegado que está sendo apontado como tendo cometido estupro dentro da Central de Flagrantes.
Venho por meio desta apresentar esta nota de repúdio à forma como os fatos vem sendo noticiados de forma irresponsável, sem ouvir a minha pessoa, violando meu direito de defesa, minha privacidade, causando extremo prejuízo à minha honra.
Faço questão que os fatos sejam apurados, o que já está sendo feito, e não tenho a menor dúvida de que a verdade aparecerá e que essas mulheres irresponsáveis e criminosas respondam pelo dano que vem causando à minha pessoa e também à Instituição Polícia Civil, órgão que luta pela sociedade de forma imparcial.
Irresponsável também a forma como ligam um fato ao outro, o que aconteceu em Guajará-Mirim foi apurado e já respondi pela minha conduta, e posso assegurar que não houve processo criminal e que os fatos noticiados à época também não se deram conforme amplamente noticiado pelos meios de comunicação.
Causa-me estranheza que certos veículos de comunicação, cujo dever em tese seria o de levar ao conhecimento do público fatos verídicos, publique matérias sem antes averiguar a verdade dos fatos, que aliás cabe ao Governo, através de suas Instituições próprias.
Estranho também que os nomes das supostas vítimas sejam preservados enquanto a identidade de um Delegado seja exposta dessa forma.
Aliás, no Brasil é assim, Direitos Humanos nunca para Policiais ou cidadãos de bem, sempre para os bandidos que vem cada dia mais assolando nosso país.
E por falar nos cidadãos infratores, uma das supostas vítimas estava descrita como testemunha e foi apurado por mim que sabia da origem ilícita dos bens que negociava, pois para quem não sabe as duas supostas vítimas fazem parte do grupo de pessoas que teria furtado diversos bens de um estabelecimento comercial e que foram presas pela Polícia Militar em um excelente trabalho.
Aliás, conheço profissionalmente os Policiais Militares que realizaram a prisão e posso assegurar que realizaram seu trabalho da melhor forma possível, e como não poderia deixar de acontecer, estão sendo acusados de terem agredido uma das supostas vítimas, certamente a fim de afastarem sua conduta ou denegrir os órgãos policiais.
Já se foi a época em que a Polícia era órgão da Ditadura Militar, a Polícia de hoje é formada por pessoas que dão o sangue literalmente para proteger a sociedade, e muitas vezes ficam a mercê de comentários e pré-julgamentos que não condizem com a verdade.
Lamento que meu nome tenha sido irresponsavelmente exposto dessa forma e tenho fé que a verdade aparecerá.
Grato pelo direito de resposta.
Marcos Barp de Almeida.
Delegado de Polícia.