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Esquema de fraude contra aposentados do INSS teria movimentado R$ 189 milhões

Uma ação conjunta realizada por policiais civis, agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e integrantes do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ), nesta quinta-feira, resultou na prisão de 16 pessoas suspeitas de aplicarem golpes contra aposentados e pensionistas do INSS. Durante a operação — deflagrada em quatro estados — também foram apreendidos R$ 293 mil. De acordo com as investigações, o grupo teria movimentado R$ 189 milhões em transações irregulares.

De acordo com a polícia, o grupo oferecia a segurados do INSS a falsa promessa de revisão de benefícios a partir de ações judiciais, que supostamente resultariam na atualização dos valores recebidos e no pagamento de montantes atrasados. As vítimas seriam quase todas idosas.

A partir daí, os aposentados e os pensionistas seriam induzidos a se filiar a entidades que os representariam em processos contra o INSS na Justiça, pagando anuidades a essas associações. O argumento para convencê-las era o de que já havia decisões favoráveis aos segurados da Previdência Social no Supremo Tribunal Federal (STF). Mas, na prática, os processos nunca foram ajuizados ou foram extintos sem o julgamento do mérito.

Ainda segundo as investigações, de 2014 e 2019, foram movidas 226 ações, entre execuções de títulos extrajudiciais e ações de cobrança das anuidades. Todos os casos são investigados individualmente. Os denunciados são acusados por crimes de lavagem de dinheiro. O MP-RJ pede também a reparação dos prejuízos sofridos pelas vítimas.

Resultado parcial da operação

A ação policial acontece no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Espírito Santo e na Bahia, e visa a cumprir mandados de prisão e busca e apreensão contra 33 supostos integrantes do esquema.

Segundo os agentes, até o início da tarde desta quinta-feira, 14 pessoas já haviam sido presas, em São Paulo, além de uma no Rio de Janeiro e outra na Bahia. As transações consideradas irregulares foram apuradas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

As investigações que resultaram na operação policial foram iniciadas em 2014, a partir de inquérito policial instaurado na 1ª DP (Praça Mauá), que foi concluído e encaminhado Ministério Público em 2017.

FONTE: EXTRA

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