De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (SINDAN), o faturamento líquido da indústria de medicamentos veterinários que atuam no Brasil foi de R$ 5,3 bilhões em 2017 (últimos dados totalizados disponíveis), sendo 18,5% (R$ 980,5 milhões) referente ao mercado de cães e gatos. Esse valor, representou aproximadamente 8% do faturamento total do mercado pet.
Não só os números de mercado não param de crescer, mas também a consciência dos donos quanto à posse responsável. Nos últimos quatro anos o aumento de animais castrados saltou de 39% para 56%. Estas são algumas conclusões da mais recente pesquisa Radar Vet, encomendada pela Comissão de Animais de Companhia do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (COMAC/SINDAN), que envolveu centenas de profissionais de todas as regiões do país. O objetivo do levantamento é conhecer o perfil dos médicos veterinários que trabalham com pets – especialmente cães e gatos.
O Radar Vet levantou que 6 em cada 10 médicos veterinários de pets estão na faixa dos 30 aos 49 anos de idade, tendo, portando, 10 ou mais anos de experiência na atividade. Outros 20% têm entre 3 e 8 anos de atuação e 18% já contabilizam 20 ou mais anos de profissão.
Os especialistas em animais de companhia trabalham prioritariamente em clínicas com pet shops (68%) e clínicas sem pet shops (26%). Outros 7% prestam serviços em hospitais veterinários.
As microempresas possuem até três veterinários contratados (82% dos casos), mas o mais comum é a clínica ter apenas um profissional (45%). Em pequenas, médias e grandes empresas, são de 4 a 8 médicos veterinários contratados. Os serviços oferecidos são, principalmente, consultas, atendimentos clínicos e aplicação de vacinas.
Na média, um em cada dois médicos veterinários de animais de companhia já fez pós-graduação, adquirindo ainda mais conhecimento e experiência para cuidar dos pets. Esse percentual é ainda maior na faixa dos 30 a 39 anos (64%). Os jovens profissionais também estão cada vez mais preocupados com a formação: 57% dos participantes da pesquisa Radar Vet entre 25 e 29 anos de idade já fizeram pós-graduação.
Segundo o Radar Vet, a maior parcela dos profissionais é composta por mulheres (63%) com idades entre 30 e 39 anos (37%). Em 98% dos casos, os médicos veterinários de animais de companhia exercem a função de atendimento clínico. No caso de pequenas empresas, 58% dos entrevistados também são responsáveis pela gestão do negócio e dos serviços administrativos.
Em relação à profissionalização, a medicina veterinária em muito se assemelha à medicina humana. Ao se tornar especialista, o veterinário que tem dificuldade em se manter no mercado, alcança um importante diferencial competitivo.
No entanto, por desconhecimento da sociedade sobre as especialidades e pela própria característica do paciente/animal que muitas vezes não expressa claramente seu problema, a participação do clínico geral na medicina veterinária será perene, dada sua importância.
Outro dado que a pesquisa nos traz é o modelo usado pelos veterinários para se atualizarem tecnicamente. Os profissionais foram perguntados sobre os 3 principais meios de atualização e 70% responderam que os livros são os mais usados, seguido pelos congressos, 63% e publicações científicas com 62%. Os cursos EAD foram citados por 42% dos entrevistados.
Entre os principais desafios da profissão, o Radar Pet levantou a falta de reconhecimento e valorização da profissão, citada por 36% dos entrevistados e, especialmente, a questão emocional com os tutores (61%).
FONTE: TEXTO RURAL COM ASSESSORIA TEXTO COMUNICAÇÃO
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