Justiça de Rondônia suspende eleições do Sindeprof após denúncia de suposta compra de votos praticada por Ellis Regina

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A Justiça de Rondônia concedeu liminar para suspender as eleições do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindeprof), que ocorreriam na próxima sexta-feira (18).

A decisão foi proferida pelo juiz José Roberto da Silva, da 2ª Vara do Trabalho de Porto Velho.

O cerne da demanda gira em torno de denúncias gravadas em áudio e vídeo expondo suposta compra de votos patrocinada pela vereadora Ellis Regina (PCdoB). As mídias anexadas aos autos como fortes indícios de prova foram veiculadas pelo site de notícias Tudo Rondônia.

Além da hipotética captação ilícita de apoio, a comunista, que, com seu grupo, comanda a entidade sindical há pelo menos duas décadas, também é acusada de incorrer em abuso de poder político e econômico. De acordo com José maria Miranda Martins, autor da ação, Ellis e o irmão, Felisberto Batista Leal, se revezam no poder durante esses vinte anos de comando familiar.

O magistrado verificou que fora evidenciado “na documentação juntada nos autos, especialmente a mídia digital, que numa análise perfunctória revela a utilização de recursos da entidade sindical por dirigente para fins de propaganda eleitoral pessoal, infringindo o ideal de paridade de forças entre os candidatos”.

Na visão do juiz José Roberto da Silva, também há indicação de óbices ao registro de candidaturas para o pleito sindical. Ele negou o pedido de intervenção na entidade.

O mundo dá voltas

Ellis Regina é conhecida por excursionar órgãos públicos da Capital expondo eventuais ilícitos cometidos pela gestão do prefeito Hildon Chaves (PSDB) e/ou servidores sob seu comando, exercendo legitimamente, com isso, o papel fiscalizatório incumbido aos edis e voltado especilmente às ações do Executivo.

Por exemplo: no começo de novembro do ano passado, seguiu um servidor que usou viatura oficial para fazer compras no shopping; pouco antes, no fim de outubro, explanou a situação da Secretaria Municipal de Obras (Semod) alegando inclusive que servidores da pasta municipal estariam correndo risco de morte.