Esporte

Depois do suicídio, estupro também vira epidemia entre jovens

A cada hora, 16 mulheres enfrentam estupradores; Uma mulher é estuprada a cada seis minutos. 50,7% das vítimas de estupro no Brasil têm até 13 anos de idade.

Males modernos

Na coluna anterior falamos sobre a epidemia de suicídios que vem afetando a sociedade atual, com um aumento espantoso de 1900% nos últimos anos, atingindo principalmente jovens com idades entre 15 a 24 anos. A coluna teve grande repercussão e recebemos dezenas de mensagens por termos tocado em um tema que chega a ser um tabu na sociedade, já que as famílias sofrem, e muito com a perda e muitas vezes encara como uma “vergonha” o fato de ter algum parente suicida. Essa sensação se deve, principalmente ao fato da sociedade encarar uma pessoa que se mata como um “perdedor” ou alguém “sem coragem de enfrentar os obstáculos que a vida impõe a todos”. Mas sabemos que não é bem assim, muito pelo contrário. Estudos comprovam que que quase todos os indivíduos que se suicidaram estavam padecendo de um transtorno mental. Mas outro problema também vem aumentando sistematicamente, os casos de estupro.

Menores

Por mais chocante que possa parecer, não são as “mulheres boazudas de roupas provocantes” as principais vítimas de estupro no Brasil, são as crianças. Uma radiografia segundo os dados da Saúde divulgados pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) no final do mês passado, demonstram que 50,7% das vítimas de estupro no Brasil têm até 13 anos de idade. Os adolescentes (entre 14 e 17 anos) são vítimas em 19,4% dos casos. As estatísticas revelam o perfil das vítimas baseadas nas notificações feitas ao Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação)  em 2011 e demonstram que mais de 70% dos estupros vitimizaram crianças. Ainda de acordo com a pesquisa, 88,5% das vítimas eram do sexo feminino, 51% de cor preta ou parda e apenas 12% eram ou haviam sido casadas anteriormente.

Agressores

Em relação ao agressor das vítimas até 13 anos, 24,1% são os próprios pais ou padrastos e 32,2% são amigos ou conhecidos da vítima. O estuprador desconhecido é maioria conforme a idade da vida aumenta. O indivíduo desconhecido passa a configurar paulatinamente como principal autor do estupro à medida que a idade da vítima aumenta. Na fase adulta, este responde por 60,5 % dos casos. No geral, 70 % dos estupros são cometidos por parentes, namorados ou amigos/conhecidos da vítima.

Suporte

Inexplicável, contudo, é o fato de indivíduos com menor escolaridade sofrerem um tratamento diferenciado no SUS, o que revela uma desigualdade incompatível com o princípio da universalidade e isonomia do sistema. Outro ponto que merece ser salientado diz respeito à menor chance de tratamento por residentes em regiões rurais, o que deve estar refletindo as mais escassas condições de oferta qualificada de serviços públicos nessas regiões.

Por fim, acerca da probabilidade de a vítima ser encaminhada a outros órgãos públicos, como polícia, ministério público e outros, chama atenção o resultado em que se o agressor foi cônjuge ou namorado, tais chances diminuem 45% em relação aos casos nos quais o perpetrador é conhecido, embora sem relação de parentesco. Como nas situações que envolvem indivíduos adultos essa é uma decisão pessoal, não há qualquer necessidade de o sistema de saúde fazer tal denúncia.

Apoio zero

Rondônia pode ser considerada “terra de ninguém” no quesito apoio a vítima de violência, estupros e apoios psicológicos, como os Centro de Apoio à Vida (CVV). Apenas Porto Velho conta com delegacia especializada em crimes contra a mulher, e mesmo assim atende em horário comercial. O atendimento à vítimas de estupro é feito na central de polícia, e na maioria das vezes as vítimas contam com o apoio de próprios policiais, que não tem preparo adequado, o fazem por solidariedade à condição da própria vítima. O CVV é uma entidade que existe no Brasil há 51 anos, e na regiçao Norte só tem unidades no Pará e Amapá.

Utilidade

Porém, se você precisar de algum apoio psicológico, o CVV mantém plantão 24 horas na internet, com suporte via Skype, Chat ou e-mail. O endereço da entidade na web é www.cvv.org.br, no facebook éhttps://www.facebook.com/cvv141 e no Twitter https://twitter.com/cvv141oficial. O CVV também distribui uma cartilha on-line intitulada “Falando abertamente sobre suicídio”, que pode ser baixada neste endereçohttp://www.cvv.org.br/images/stories/saibamais/falando_abertamente_sobre_suicidio.pdf

Drama

Casos complicados também são os que envolvem mulheres estupradas por amigos ou pessoas próximas. E não são poucos os casos, o problema é que a maioria não é relatado, ou por vergonha ou por medo. E os números são aterradores. A cada hora, 16 mulheres enfrentam estupradores; Uma mulher é estuprada a cada seis minutos; A cada 18 segundos uma mulher é espancada; Desde 1974, a taxa de agressões contra as mulheres jovens (idades 20-24) saltou 50 por cento; Três em cada quatro mulheres serão vítimas de pelo menos um crime de violência durante a sua vida; Apenas 50 por cento dos estupros são comunicados e nunca daqueles relatados, inferior a 40 por cento irá resultar em prisões; Uma em cada sete mulheres atualmente cursando faculdade foi estuprada; As mulheres jovens entre 16 e 19 anos de idade são mais susceptíveis de ser estuprada.  A falta de uma base nacional de dados oficiais, além de dificultar formulação de políticas de segurança pública, torna difícil a interpretação dos números. “Sem padronização e registro sistemático, não sabemos se os estupros estão aumentando ou se a notificação está melhorando. O que podemos afirmar, sem medo de errar, é que as mulheres estão se conscientizando da importância de procurar a polícia”, explica a delegada Ana Cristina Melo Santiago, chefe da Delegacia da Mulher no Distrito Federal.

Percebe-se

Que o problema é difícil de ser resolvido.

Bolotha clickou

Vocês devem ter reparado a nova imagem de Painel Político. Todas as fotos para a produção dessa e outras peças que estarão sendo veiculadas nas próximas semanas foram feitas pelo fotógrafo e produtor Bolotha. Além de otos publicitárias, seu estúdio também produz fotos de família e para candidatos. Ele está no Facebook (https://www.facebook.com/bolotha.clickou).

Auxílio da confusão

Em 2013 Painel Político trouxe à público a vergonhosa verba conhecida como “auxílio-moradia” que os deputados estaduais de Rondônia estavam recebendo. Só que ninguém mexe nesse angu por um motivo muito simples, todos os poderes se lambuzam nesse pote. O Tribunal de Justiça paga o auxílio a juízes e desembargadores, o Ministério Público também e acredite, até o governo de Rondônia tentou emplacar um auxílio de R$ 4.500 aos secretário de Estado, como podemos ver nessa reportagem.

No caso dos deputados

A atual legislatura poderia fazer a gentileza de revogar a lei que garante esse auxílio, que apesar de ser “legal” é tremendamente “imoral”, afinal a grande maioria dos deputados, senão todos, possuem residência fixa em Porto Velho, e quem não tiver, que compre ou alugue, mas sem o auxílio. Não existe justificativa para a manutenção dessa benesse, que há tempos vem sendo questionada, inclusive judicialmente. Os tribunais contam com argumentos diversos, como a mobilidade de juízes, o MP também, que estão sempre trocando promotores de comarcas, mas a Assembleia não tem nenhuma desculpa. Tem que extinguir.

Test-drive

Já dirigiu uma Pajero Dakar? Sinta essa experiência, visite a LF Imports na BR 364 e agende um test-drive na Dakar 2014, tenho certeza que você vai se surpreender com o desempenho e conforto da SUV mais top da categoria. E ela anda bem tanto no asfalto quanto no barro.

Para contatos

Fale conosco pelos telefones (69) 3225-9979 ou 9363-1909. Também estamos no Facebook.com/painel.político e no Twitter (@painelpolitico). Caso prefira, envie correspondência para Rua da Platina, 4326, Conjunto Marechal Rondon.Whatsapp 9248-8911.

Depressão em pacientes com câncer é subestimada

Quase três quartos dos pacientes com câncer e que também têm depressão clínica não recebem qualquer tratamento para a depressão. Essa foi a principal conclusão de um estudo conduzido por pesquisadores das universidades de Oxford e Edimburgo, que também desenvolveram um tratamento contra os sintomas da doença que demonstrou ser mais eficaz do que o convencional. A depressão clínica é muito maior entre os pacientes com câncer do que na população em geral. Enquanto em todo o mundo, cerca de 2% das pessoas sofrem com a doença mental, o número de casos sobre para 13% entre os com câncer de pulmão, e 6% em pessoas com câncer geniturinário. O estudo, publicado na revista “The Lancet” nesta quinta-feira (28), envolveu 500 voluntários com as duas doenças. Constatou-se que 62% dos pacientes que se submeteram ao Tratamento contra Depressão em Pessoas com Câncer (DCPC, em inglês) responderam positivamente, com redução de pelo menos 50% na severidade da depressão, contra 17% que receberam tratamento convencional. Os pesquisadores explicaram que seu foco era a qualidade de vida dos pacientes, em vez de duração da vida. Acredita-se que pessoas com câncer têm uma taxa de sobrevivência reduzida, já que elas tendem a ter uma menor adesão ao programa de tratamento.

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Gomes Oliveira

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