Depois de alguns dias de espera, finalmente o empresário de Nilmar, Orlando da Hora, ligou para o Corinthians para dar início às negociações. O agente havia prometido que procuraria o clube paulista assim que resolvesse todas as pendências no Al-Jaish, do Catar, onde o atacante estava atuando antes da Copa do Mundo. Na primeira proposta, o representante do jogador fez a seguinte pedida: R$ 600 mil de salário e mais R$ 2 milhões de luvas, segundo apuração da reportagem.
Os valores já são menores do que aqueles que Orlando vinha comentando em conversas nas últimas semanas, o que lhe deu a fama de sem noção dentro do mercado brasileiro – chegou de volta ao Brasil querendo pelo menos R$ 1 milhão por mês, contando com direitos de imagens. Apesar de ter baixado, os números ainda estão distantes da realidade do time paulista.
A cúpula do Parque São Jorge tem como prioridade repatriar o atleta, mas já decidiu que não fará nenhuma loucura e definiu que não topa pagar nenhum centavo de luvas, tampouco de comissão para concretizar a contratação do reforço, o que pode ser um grande obstáculo para o acerto com o empresário de Nilmar.
Já por dentro do que o agente poderia pedir ao Corinthians, o presidente Mario Gobbi afirmou neste domingo, para a Rádio Jovem Pan, que o futebol brasileiro já não comporta salários nessa faixa. “Ele é um grande jogador, não precisa provar mais nada para ninguém. Mas está numa faixa salarial que o futebol brasileiro já não comporta mais. Nem o Corinthians, nem qualquer clube no país”, disse.
É exatamente por esse motivo que o time paulista entende estar sozinho hoje na briga pelo atacante. Os dirigentes do alvinegro receberam a informação de que o Internacional já abriu mão da negociação, por não ter condições financeiras de suportar os gastos com ele.
Sendo assim, o Coritnhians vai tentar diminuir os valores para poder contar com Nilmar ainda neste ano, mais uma opção para o setor ofensivo da equipe de Mano Menezes, que já conta com Guerrero, Romero, Luciano, Romarinho e Malcom, que veio da base, mas não alimenta muitas esperanças.
Questões jurídicas
Os dirigentes do time paulista ainda não sabem, por exemplo, quais serão as condições jurídicas de Nilmar, depois da saída do Al-Jaish. Por conta da janela de transferência do Brasil, que fechou no último dia 14, há algumas questões que precisam ser verificadas para confirmar que o jogador estaria de fato liberado para vestir a camisa do Corinthians, ou de qualquer outra equipe brasileira.
Em entrevista à Rádio ESPN, há algumas semanas, Orlando garantiu que ele está livre e pode, sim, acertar com qualquer time que quiser, sem nenhuma restrição. Disse que o atleta havia sido procurado por vários árabes, que estava desempregado e que iria tirar passaporte europeu, para eventuais propostas.
A reportagem tentou falar com o agente novamente, mas não teve nenhum retorno até a publicação da matéria.
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