Skatistas, patinadores, ciclistas, corredores, donos de cachorros, casais de namorados, famílias fazendo piquenique. Não importa a tribo, o parque Ibirapuera é o lugar preferido do paulistano para curtir uma folga e escapar um pouco do caos da cidade. Inspirado no Hyde Park, em Londres, um dos principais símbolos da cidade completa nesta quinta-feira 60 anos com uma programação especial para comemorar a data (Veja quadro e galeria de fotos no final do texto).
Com 1,58 milhão de metros quadrados, o parque ocupa uma área que representa apenas 1,05% do centro expandido da capital. É pouco, mas o suficiente para atrair, a cada semana, 220 mil pessoas. É gente como o designer de interiores Rafael Custódio, de 35 anos, que bate ponto toda semana lá. “Venho toda sexta-feira com a minha namorada para ver o pôr-do-sol na beira do lago”.
Além de funcionar como o pulmão da cidade, o Ibira, como é chamado carinhosamente, abriga espaços culturais como o MAM, a Bienal, a OCA, o Museu Afro e o auditório. Recentemente, o parque foi eleito pelos usuários do site de turismo TripAdvisor como o oitavo melhor do mundo, e o melhor parque da América Latina.
O parque também é palco de espetáculos musicais, principalmente nas manhãs de domingo. O local preferido é a praça da Paz, que já recebeu apresentações de lendas como o americano Ray Charles, que reuniu cerca de 150 mil pessoas, e a Orquestra Filarmônica de Nova York, que teve público de aproximadamente 140 mil. Mas o recorde de público ficou por conta de um grupo brasileiro, o KLB, que atraiu 170 mil pessoas ao local. O recorde nunca será batido porque, por medida de segurança, a administração do parque fixou a lotação máxima da praça em 30 mil pessoas.
A sala onde a dança das águas é criada
É de uma cabide de aproximadamente 70 metros quadrados, nas margens do lago do Ibirapuera, que saem os comandos para os jatos de água da fonte luminosa do parque.
O espetáculo multimídia, que exibe imagens em alta resolução em um espelho d’água, é comandado por três engenheiros que se revezam em um pequenino teclado acoplado a um computador.
De acordo com Dorman César Bernardo, de 25 anos, cada tecla gera uma movimentação diferente de um dos 91 pinos de onde saem os jatos de água.
“Cada nota é sincronizada com o movimento da água e com as imagens e músicas exibidas”, afirma Bernardo, que faz parte da equipe há 5 anos.
O cérebro do “balé das águas” conta ainda com oito equipamentos de iluminação, capazes de gerar 60 tonalidades de cores. São quatro “shows” por dia.
Além da possibilidade de realizar até 15 coreografias especiais, a fonte tem capacidade de projetar um gêiser de 60 metros de altura, o equivalente a um prédio de 20 andares.
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