Depois de terem sido citados por um ex-integrante da principal milícia do Rio de Janeiro, por supostamente serem ligados aos chefes da quadrilha, o jogador do Flamengo Luiz Antônio e seu pai, Luiz Carlos Francisco Soares, foram intimados para prestar depoimento ainda nesta semana.
Segundo o delegado titular da Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas), Alexandre Capote, que investiga a atuação de uma milícia em Campo Grande, na zona oeste, Luiz Antônio participava de festas feitas pela quadrilha, e teria presenteado o homem apontado como o chefe da milícia com um carro. Depois, o jogador teria ainda registrado o roubo do veículo em uma delegacia para poder receber o dinheiro do seguro.
De acordo com os investigadores, o jogador teria cometido estelionato. O Flamengo disse que vai aguardar a conclusão das investigações para se posicionar sobre o caso.
Além do atleta, outros famosos frequentariam os eventos da milícia, que faturava R$ 1 milhão por mês cobrando taxas sobre serviços públicos e vendendo e alugando imóveis, de forma irregular, em seis condomínios do programa do governo federal Minha Casa Minha Vida na zona oeste.
A milícia foi criada pelos irmãos Jerônimo, ex-vereador, e Natalino Guimarães, ex-deputado estadual. Eles estão presos há cerca de seis anos em um presídio federal, em Porto Velho, Rondônia, condenados por formação de quadrilha armada.
Na última segunda-feira, o secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, pediu à Justiça a transferência, para presídios federais, do subtenente da PM Marcos José de Lima Gomes, conhecido como Gão. Ele é suspeito de ser uma das lideranças da milícia.
Marcelo Cardoso, conhecido como Marcelo Pezão, suspeito de chefiar a quadrilha que controla a venda de drogas na comunidade de Vila Kennedy, na zona oeste, também foi transferido
Add Comment