A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou novamente sua estimativa para a safra de soja 2017/18 do Brasil, em meio a condições climáticas favoráveis entre o fim de novembro e início de janeiro, importante período de desenvolvimento das lavouras.
Em seu 4º levantamento para a temporada vigente, a Conab estimou a produção de soja do Brasil em 110,4 milhões de toneladas, de 109,2 milhões de toneladas esperadas em dezembro, quando o volume já havia sido revisado para cima.
A nova estimativa vem praticamente em linha com a média de 110,2 milhões de toneladas prevista em uma recente pesquisa da Reuters com agentes do mercado.
O volume, contudo, segue aquém do recorde de 114,1 milhões de toneladas observado em 2016/17, quando o tempo considerado pelo setor como praticamente “perfeito” permitiu elevadas produtividades.
Segundo a Conab, o rendimento das lavouras de soja do Brasil deve alcançar nesta safra 3,15 toneladas por hectare, queda de 6,2 por cento na comparação anual.
Tal recuo atenua o efeito positivo que o aumento de área plantada poderia dar nesta temporada. Conforme a companhia, o Brasil deve semear em 2017/18 um recorde de quase 35 milhões de hectares com soja, alta de 3,2 por cento sobre 2016/17.
MILHO
No caso do milho, que junto com a soja responde por 90 por cento dos grãos cultivados no país, a Conab prevê uma queda de 5,6 por cento na produção total de 2017/18 ante 2016/17, para 92,347 milhões de toneladas, com área de 17 milhões de hectares (baixa de 2,9 por cento).
O milho perdeu espaço neste ano para a soja, na esteira de preços pouco atrativos para o produtor após uma safra histórica no ano passado, de quase 98 milhões de toneladas.
Segundo a Conab, a primeira safra (“verão”) deverá totalizar 25,17 milhões de toneladas em 2017/18, ligeiro aumento ante as 25 milhões de toneladas previstas em dezembro.
Já a estimativa da segunda safra, a “safrinha”, colhida no inverno, foi mantida em 67,2 milhões de toneladas.
Ainda segundo a Conab, a safra total de grãos e oleaginosas do Brasil em 2017/18 deverá somar 227,94 milhões de toneladas, ante 226,53 milhões estimados em dezembro e 237,67 milhões de toneladas em 2016/17. O volume é o segundo maior da história, atrás apenas do recorde registrado em 2016/17.
FONTE: REUTERS
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