Aeronaves que monitoram extensas áreas de terra colhem dados para uma melhor gestão de insumos
Regulamentada pela Agência Nacional de Aviação Civil em maio desse ano, a tecnologia dos drones está em plena expansão no mundo todo. Segundo a consultoria americana Gartner, até 2020, 3 milhões de dispositivos devem ser vendidos por ano, o que deve gerar um faturamento de cerca de 11,2 bilhões de dólares por ano.
Apesar de 89% dessa tecnologia ainda ser destinada ao uso militar, os drones já apresentaram utilidade em outras áreas como monitoramento de eventos, inspeção industrial, fotografia e até mesmo transporte.
O agronegócio é um dos setores que mais estão aderindo à tecnologia. Estima-se que a agricultura responda por 25% do faturamento global dos veículos aéreos não tripulados, os Vants.
A startup catarinense Horus é uma das que disputam espaço nesse mercado no país. Fundada em 2014, a empresa desenvolveu três modelos de aeronaves – o maior com envergadura de 1,7 metros – cujos preços variam de 60 000 a 150 000 reais.
Além da venda de aeronaves, a Horus também oferece o serviço de mapeamento e análise dos dados colhidos pelos sensores embarcados nas aeronaves. “É possível fazer uma análise nutricional do solo, assim como um estudo de insumos e pragas, que indica exatamente onde é necessário aplicar mais ou menos defensivos”, diz Fabrício Hertz, presidente da Horus, que deve fechar 2017 com um faturamento de 3 milhões de reais.
Para os produtores, tecnologias como essa podem ajudar no controle de custos da propriedade. Tradicionalmente, o produtor rural aplica defensivos em toda a fazenda para combater pragas e ervas daninhas. Com a tecnologia de monitoramento com drones, é possível identificar com precisão a área atingida. “Isso representa uma economia de até 80% nos gastos com esse tipo de agroquímico”, diz Hortz.
Outra vantagem do uso de drones é a redução do tempo gasto para monitorar as áreas. A Geoflorestas, empresa de soluções ambientais, está prestes a comprar seu terceiro drone. Hoje, ela oferece serviços para clientes que têm grandes extensões territoriais como a geradora de energia elétrica Electra Power, com uma área de 150 000 hectares.
“Antes eram necessários seis meses e dez funcionários para monitorar toda a área da empresa. Com drones, fazemos isso em um mês e com apenas dois empregados”, diz Leandro Aranha, presidente da Geoflorestas. O lucro obtido é 50% maior do que antigamente, já que não há gastos excessivo com os deslocamentos.
FONTE: EXAME.COM
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