Nenhuma das propostas que chegaram da Europa por Miguel Borja convenceu o Palmeiras a fazer negócio. A começar pelo fato de que não houve oferta real maior do que os US$ 10,5 milhões (R$ 33 milhões, na época) que tornaram o atacante colombiano de 24 anos o reforço mais caro da história do clube.
Os principais interessados o queriam por empréstimo, mas as condições não agradaram. Em todos os casos, a lista de contras era maior que a de prós. A única tentativa (frustrada) de compra foi do Watford, da Inglaterra – leia mais aqui. Os demais clubes não ofereceram nenhuma quantia para tê-lo em definitivo de pronto.
O Porto queria Borja emprestado por um ano, período em que uma compensação financeira (de 2 milhões de euros) seria garantida apenas se fossem cumpridos objetivos pré-estabelecidos, como número de jogos. Ao final disso, o clube português poderia ou não exercer uma opção de compra por 10 milhões de euros. Ou seja: só valeria ao Palmeiras liberar o atacante com a certeza de que ele faria sucesso.
Já Levante e Girona, ambos da Espanha, não foram considerados destinos interessantes. Lá, ele poderia perder ainda mais valor de mercado. Além disso, recentemente o Palmeiras pagou R$ 18 milhões ao Levante para ter Deyverson (justamente para o lugar de Borja) e correria o risco de ver o colombiano brilhar fazendo o caminho inverso, sendo que o novo reforço já enfrenta alguns questionamentos.
O receio não é em vão. Apesar de ainda não ter convencido com a camisa alviverde, motivo pelo qual é reserva para o técnico Cuca, o ex-jogador do Atlético Nacional tem respaldo da diretoria, que aposta na recuperação do seu futebol, mas também não gostaria que o exemplo de Lucas Barrios se repetisse em tão pouco tempo.
Igualmente contratado como reforço de peso para o ataque, em 2015, o argentino naturalizado paraguaio perdeu espaço e teve seguidas lesões até ser autorizado pelo clube a rescindir contrato, no ano passado, e se transferir para o Grêmio. No clube gaúcho, foi bem diferente: ele se firmou e desandou a fazer gols.
Outro ponto não menos importante é que nos três casos (Barrios, Borja e Deyverson), o dinheiro utilizado para a contratação partiu da Crefisa, patrocinadora do Palmeiras, que certamente não gostaria de imaginar mais um investimento tão alto se perdendo.
Mantido, Borja agora espera ter mais oportunidades na equipe, o que diminuiria seu receio de ficar fora da Copa do Mundo de 2018 – ele está com a seleção colombiana na disputa das eliminatórias sul-americanas. Segundo o Palmeiras, o atacante está disposto a “vencer” no clube, como disse no mês passado ao presidente Maurício Galiotte, antes de ficar no banco de reservas mais algumas vezes.
Fonte: Globo Esporte
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