Em nota, o senador diz que ‘recebeu com tranquilidade a sua citação na lista do ministro Fachin’, ‘baseada em declarações de delatores que no desespero falam e ninguém pode impedir’.
A PGR fez o pedido com base nas delações dos ex-executivos da Odebrecht. Fachin autorizou inquéritos para investigar 8 ministros, 24 senadores, 39 deputados e 3 governadores.
Valdir Raupp de Matos é suspeito de receber dinheiro devido à execução das obras da Hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira. Segundo ex-executivos da Odebrecht Henrique Serrano do Prado Valladares e Augusto Roque Dias Fernandes Filho, houve “pagamento de vantagens indevidas em favor de funcionários de Furnas, especialmente Márcio Porto (Diretor de Construção) e Mário Márcio Hogar (Diretor de Engenharia)”.
Ainda segundo os delatores, o Grupo Odebrecht e a Construtora Andrade Gutierrez assumiram o compromisso de pagar até R$ 20 milhões, “conforme a necessidade”, e um dos destinatários era o senador Valdir Raupp.
Os pagamentos foram implementados por meio do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, mais conhecido como “setor de propinas” da empreiteira, e os citados receberam os apelidos de “Flamenguista” (Mário Porto), “Tricolor” (Mário Márcio) e “Alemão” (Valdir Raupp).
Segundo a PGR, “as condutas descritas amoldam-se, em tese, às figuras típicas contidas” nos artigos 317 e 333 do Código Penal (corrupção passiva e ativa) e e no artigo 1° da Lei 9.613/98 (lavagem de dinheiro).
Em nota, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) afirmou que “recebeu com tranquilidade a sua citação na lista do ministro Fachin publicada no dia de hoje, baseada em declarações de delatores que no desespero falam e ninguém pode impedir”. “Este será o momento que o senador terá para provar que as doações legais destinadas ao Partido foram declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.”
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